Um dos problemas que tem preocupado bastante às autoridades e acima de tudo, às famílias, é a gravidez na adolescência. Com a liberação sexual hoje existente, essa situação muitas vezes provoca o abandono aos estudos e problemas de saúde, decorrentes de abortos feitos indevidamente, entre outras questões.
A questão que nos inquieta é por que, em uma época de tanta abertura e informação, com acesso aos contraceptivos, as meninas continuam engravidando. A resposta sempre encontrada é a falta de informação. Ela realmente existe. Certa vez ouvi um relato, contado como verdadeiro, que dizia o seguinte: O casal diante do médico respondia sobre mais uma gravidez. À questão do médico sobre o uso do anticoncepcional receitado, a senhora respondeu: Sim estou usando, inclusive eu tomo em um dia e no outro o meu marido toma. Nunca esquecemos.
Entretanto a falta de informação deve ser relativizada. Meninas com informação e dinheiro para obter o anticoncepcional também engravidam. A informação e o acesso a esses meios é fácil. Já percebi alunas minhas (infelizmente várias) que com certeza tinham as informações, mas... aconteceu.
Assim, a falta de informação não explica a situação. A expressão “aconteceu”, bastante comum nesses casos, revela uma faceta interessante, que geralmente não é mencionada, mas é bastante simples: as adolescentes, em processo de amadurecimento, ainda não têm todo o preparo para administrar a situação. Ou não usa o preservativo, ou esquece do comprimido, enfim, demonstra falta de maturidade em uma situação tão importante. Pode-se perguntar: Mas se esqueceu o preservativo ou o anticoncepcional, por que não evitar a relação? Novamente se percebe a imaturidade.
Por outro lado, pesquisas recentes têm lançado nova luz sobre a questão. O Ministério da Saúde detectou que muitas jovens grávidas e solteiras desejaram engravidar. Nesse caso, deve-se procurar motivos sociais e culturais que possam explicar o fato. Muitas dessas meninas desejam ter independência da família, sair de casa, ter uma vida nova. Às vezes, encontram na gravidez uma oportunidade para isso.
Também aspectos culturais nas classes mais baixas verificados por pesquisas antropológicas demonstram o valor da sexualidade e da maternidade entre mulheres e adolescentes das classes populares. Muitas dessas meninas, sem boas perspectivas de vida com respeito a estudos, trabalho ou progresso material, têm na sexualidade e na maternidade valores importantes. A concepção popular entre as meninas é a de que ela torna-se mulher quando começa a ter atividade sexual e obtém realização plena com a maternidade. A cultura popular mantém uma visão muito positiva quanto a esses aspectos.
Assim não é apenas a falta de informação, mas questões sociais e culturais precisam ser analisadas para enfrentarmos o problema. Não bastam simples informações ou distribuição de anticoncepcionais e preservativos. É preciso trabalhar mais profundamente com os jovens sobre a sua vida, as conseqüências de seus atos, as suas escolhas, através de um processo reflexivo profundo que possa questionar determinados valores mantidos por essa população.
A questão que nos inquieta é por que, em uma época de tanta abertura e informação, com acesso aos contraceptivos, as meninas continuam engravidando. A resposta sempre encontrada é a falta de informação. Ela realmente existe. Certa vez ouvi um relato, contado como verdadeiro, que dizia o seguinte: O casal diante do médico respondia sobre mais uma gravidez. À questão do médico sobre o uso do anticoncepcional receitado, a senhora respondeu: Sim estou usando, inclusive eu tomo em um dia e no outro o meu marido toma. Nunca esquecemos.
Entretanto a falta de informação deve ser relativizada. Meninas com informação e dinheiro para obter o anticoncepcional também engravidam. A informação e o acesso a esses meios é fácil. Já percebi alunas minhas (infelizmente várias) que com certeza tinham as informações, mas... aconteceu.
Assim, a falta de informação não explica a situação. A expressão “aconteceu”, bastante comum nesses casos, revela uma faceta interessante, que geralmente não é mencionada, mas é bastante simples: as adolescentes, em processo de amadurecimento, ainda não têm todo o preparo para administrar a situação. Ou não usa o preservativo, ou esquece do comprimido, enfim, demonstra falta de maturidade em uma situação tão importante. Pode-se perguntar: Mas se esqueceu o preservativo ou o anticoncepcional, por que não evitar a relação? Novamente se percebe a imaturidade.
Por outro lado, pesquisas recentes têm lançado nova luz sobre a questão. O Ministério da Saúde detectou que muitas jovens grávidas e solteiras desejaram engravidar. Nesse caso, deve-se procurar motivos sociais e culturais que possam explicar o fato. Muitas dessas meninas desejam ter independência da família, sair de casa, ter uma vida nova. Às vezes, encontram na gravidez uma oportunidade para isso.
Também aspectos culturais nas classes mais baixas verificados por pesquisas antropológicas demonstram o valor da sexualidade e da maternidade entre mulheres e adolescentes das classes populares. Muitas dessas meninas, sem boas perspectivas de vida com respeito a estudos, trabalho ou progresso material, têm na sexualidade e na maternidade valores importantes. A concepção popular entre as meninas é a de que ela torna-se mulher quando começa a ter atividade sexual e obtém realização plena com a maternidade. A cultura popular mantém uma visão muito positiva quanto a esses aspectos.
Assim não é apenas a falta de informação, mas questões sociais e culturais precisam ser analisadas para enfrentarmos o problema. Não bastam simples informações ou distribuição de anticoncepcionais e preservativos. É preciso trabalhar mais profundamente com os jovens sobre a sua vida, as conseqüências de seus atos, as suas escolhas, através de um processo reflexivo profundo que possa questionar determinados valores mantidos por essa população.
Fonte: Educação Adventista
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