AQUI ESTÁ A PERSEVERANÇA DOS SANTOS, OS QUE GUARDAM OS MANDAMENTOS DE DEUS E A FÉ EM JESUS. AP.14:12


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

De fé em fé


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TEMPO DE REFLETIR – 26 de fevereiro de 2014
“A justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: o justo viverá por fé”. Romanos 1:17
Quando aceitamos a Cristo com o coração e a mente e fazemos dEle nosso Salvador, Deus aceita a nossa confissão, arrependimento e conversão e então nos justifica. É o processo divino da aplicação do plano da salvação para todo aquele que crê.
Então o pecador é considerado justo por Deus. O crente é justo porque tem um coração puro e santo devido à habitação de Cristo na sua vida toda. Ele readquire o poder espiritual que perdeu por meio do primeiro Adão. Então o justo passa a ter atitudes corretas. (II Coríntios 5:17)
Como se operou isso?   “A fé genuína apropria-se da justiça de Cristo, e o pecador é feito vencedor com Cristo; pois ele se faz participante da natureza divina, e assim se combinam divindade e humanidade.” (EGW). Em outras palavras: é o poder espiritual agora restaurado na vida física; é ser justificado por Cristo; nosso caráter muda. Não é um processo fácil porque deve se dar a troca do “eu” pela mente de Cristo, a glória humana pela divina e permitir que Deus cumpra em nós o Seu querer. Segundo Paulo o Evangelho tem este poder. É quando o Espírito Santo se encontra com a fé do pecador que se torna possível o milagre da conversão com a mudança do caráter, ou do pecador em santo. É então que a justiça de Cristo se revela no homem arrependido.
O perigo está em termos apenas uma experiência teórica da conversão vivendo anos e anos tentando ser justos, aparentando fé, graça e poder. Estamos sendo enganados. O que necessitamos é aquele poder espiritual que vem pela queda do “eu”. Só então seremos possuídos da justiça de Cristo. Não esperemos manifestações físicas, arroubos e sentimentos estranhos. Conversão, justiça e poder espiritual são uma experiência prática que a gente sente quando sente paz, alívio da condenação do pecado, gozo e felicidade de viver e querer que os outros sintam o mesmo. Isto é sentido cada dia. É aquele andar quieto, gostoso e alegre com Deus, de mãos dadas.
É assim que Jesus nos justifica. “Esta Boa Nova nos diz que Deus nos prepara para o Céu – e nos faz justos aos olhos de Deus – quando colocamos nossa fé e nossa confiança em Cristo como Salvador. Isto é realizado pela fé, do princípio ao fim.” (Romanos 1:17)
Muitos ao nosso redor e na nossa igreja estão vivendo por fé. São os heróis da fé. Você é um deles?
Reflita sobre isso no dia de hoje…

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Pecados perdoados


24-perdao-bTEMPO DE REFLETIR – 24 de fevereiro de 2014
“Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” I João 1:9
Paulo, falando de sua própria experiência no grande conflito, disse que havia uma luta dentro de sua consciência: o seu homem espiritual lutava contra o homem físico e vice-versa. É que a velha natureza, ainda dentro dele, gostava de pecar. Ele se achou um miserável. (Romanos 7:18-24).
Temos a mesma luta?  Então compreendemos por que a Bíblia diz que todos pecaram, que nossa justiça é como trapos de imundícia e que ninguém pode operar sua própria salvação, assim como o leopardo não pode mudar a cor da sua pele. Quer dizer, estamos espiritualmente mortos e, logicamente, o físico também. A morte espiritual permanente resultará na morte eterna.
Qual a saída para tão difícil situação?  Voltar a Deus e reatar nossas relações com Ele mediante Seu Filho Jesus. Ele está ansioso que O busquemos e desejoso de nos perdoar e “purificar de toda injustiça” se confessarmos nossos pecados. Então Ele virá ao nosso coração por meio do Seu Espírito. Sentimos Sua influência e desejo de sermos entes espirituais; nossa mente, ou coração, se transforma e começamos amar a Deus e aos homens. Isto se chama conversão. Devemos converter-nos cada dia, várias vezes por dia. Não é aconselhável viver pecando o mesmo pecado cada dia; o poder espiritual poderá ser assim neutralizado.
Aconselhou o apóstolo João: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis.” Sim, é melhor não pecar, mas como isso é quase impossível, e João o sabia, ele continua: “Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo; e Ele é a propiciação pelos nossos pecados…” (I João 2:1).
O pecado é um desvio do caminho certo e sempre que pecamos nos desviamos de Deus; a conversão é deixar o desvio perigoso e voltar ao caminho original, a Deus! Qualquer um de nós necessita converter-se, voltar para Deus quando peca. Podemos ser bons membros de igreja, fiéis em tudo, mas se pecamos, ainda que secretamente, precisamos converter-nos e voltar a Jesus, o único que com Sua justiça pode cobrir nossa vergonhosa condição de pecador. Mas só o faremos se o amor a Deus estiver bem dentro do nosso coração. Por isso é muito importante sabermos que Deus nos ama para que O amemos e O busquemos.
Só Deus nos pode justificar. Ele o faz por meio de Jesus. Por isso necessitamos ir a Jesus. Ele deve ser o Meio, o Centro, o Primeiro e o Último em nossa vida espiritual e física. Estamos convertidos sempre que O temos em nosso coração.
Fonte: Amilton Menezes

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Restauração para o perdido

23-filho_prodigo-bTEMPO DE REFLETIR – 23 de fevereiro de 2014
“Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido.” Lucas 19:10
“O que se havia perdido”, diz outra tradução da Bíblia. E o que foi perdido? Quem foi perdido?   Adão, com toda a família humana… e também a possibilidade de viver vida eterna, num mundo sem pecado. Jesus veio, tomou a forma humana; e assim Adão e todos os seus descendentes podem se livrar da condenação do pecado e restaurar em nós tudo que Adão perdera. Zaqueu é um exemplo.
Por que foi necessário que o Filho viesse e Se tornasse homem?
Cheguemos ao Éden por um momento. Ali aconteceu a grande tragédia do pecado. Naquele momento de transgressão e quebra de confiança e lealdade a Deus, Adão e Eva morreram espiritualmente. Desligaram-se da fonte da Vida e se ligaram a Lúcifer, a fonte da morte. Notemos que a morte da qual Deus falou, que o primeiro casal sofreria, se comessem do fruto proibido, não era a morte física, pois Adão viveu ainda 930 anos antes de morrer.
Quando Deus criou Adão, o fez com a possibilidade de não pecar e viver eternamente, ou pecar e interromper a vida com a morte. Portanto, Deus deu a Adão duas espécies de vida: a física e a espiritual. A espiritual era e é a mais importante, pois compreendia, e ainda compreende, o livre-arbítrio, uma consciência moral e ainda a possibilidade de conhecer ao Criador e servi-Lo. Os animais apenas têm a vida física. Por isso, fomos criados à imagem e semelhança de Deus que é espírito, no sentido de consciência moral, mais do que físico. (João 3:24). Quando o homem deixa de ser espiritual, deixa de ter o poder espiritual, e rebaixa-se ao nível apenas físico ou animal. Assim ficaram Adão e Eva quando pecaram: perderam o poder espiritual da natureza humana. O poder físico continuou existindo enquanto eles cuidaram dele, alimentando-se, trabalhando e descansando; mas também haveria um processo regressivo do poder físico, mais lento e demorado, culminando na morte.
Para restaurar em nós aquele poder espiritual perdido foi que Jesus veio. Não importa quem somos, “porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”, isto é, do poder espiritual para vencer o pecado. (Romanos 3:22 e 23).  Como?  Diz a Bíblia que Deus nos declara agora sem culpa das ofensas que Lhe fizemos se confiarmos em Jesus Cristo, Aquele que em Sua bondade tira os nossos pecados gratuitamente. Sem Cristo nós estamos espiritualmente mortos. É nosso andar diário com Ele que nos dá poder espiritual e salvador e vida eterna afinal!  “Se temos o Filho, temos a vida!” (I João 5:12)
Fonte: Amilton Menezes

sábado, 22 de fevereiro de 2014

O Ciúme Doentio

Ciúme Doentio

O que é o Ciúme?

O ciúme é uma emoção inerente ao ser humano e é considerado algo muito comum, já que todos nós de alguma forma já o vivenciamos. O ciúme é inerente a todo ser humano, é algo natural, porém, tanto sua ausência como o excesso podem prejudicar o relacionamento.
Geralmente surge quando uma pessoa sente que um rival (real ou imaginário) passa a receber as atenções da pessoa amada.O indivíduo sente alguma ameaça frente a um relacionamento muito valorizado, fato este que oferece risco à sua segurança afetiva, ou seja, a possível perda do ser amado.
O ciúme é uma emoção que pode vir acompanhado muitas vezes por sentimentos como o amor e o ódio. Estes sentimentos e emoções precisam ser observados, analisados e trabalhados, já que uma pessoa ciumenta em excesso pode perder o controle de sua situação emocional. Pode ocorrer também pode ocorrer na relação entre as crianças. O nascimento de um irmão pode deslocar o foco de atenção dos pais ao recém nascido, gerando ciúmes no irmão maior.

Quando o Ciúme se Torna Doentio?

Neste caso fica difícil para o indivíduo distinguir a imaginação da realidade. As dúvidas podem se transformar em idéias muito valorizadas e até mesmo delirantes. E caso a pessoa possua uma auto-imagem muito debilitada e fragmentada poderá haver nele uma predisposição para sentir ciúmes, que pode também se tornar-se patológico.
Em meio a esta emoção intensa o indivíduo passa a ter comportamentos obsessivos e incontroláveis para sanar suas dúvidas, tais como:
Verificar se a pessoa está no local onde informou que estaria e se realmente e se está com quem disse que estaria, violar correspondências, além de checar bolsos, bolsas, carteiras, recibos, roupas íntimas, contrata detetives particulares, etc.
Estão constantemente buscando evidências e confissões que confirmem suas suspeitas mas, mesmo assim as dúvidas permanecem quando não aumentam ainda mais, já que a confissão do outro nunca é detalhada ou fidedigna em relação à expectativa do ciumento.
Ciume
Ciume

Quais são as Causas?

Causas possíveis: O ciúme pode surgir nas relações interpessoais em várias fases da vida e por diversos motivos.
Inicialmente pode surgir por: insegurança, baixa auto-estima, imaturidade emocional, ou seja, aspectos emocionais relacionados à vida afetiva da pessoa. Somado a tudo isso o ciúme pode se instalar pelo medo do abandono, da solidão, da sensação de perda emocional, de controle e sobretudo da maneira como o casal conversa e enfrenta suas dificuldades.

Consequências:

Ansiedade, depressão, raiva, vergonha, insegurança, humilhação, perplexidade, culpa, aumento do desejo sexual e desejo de vingança. Haveria, clara correlação entre auto-estima rebaixada, conseqüentemente a sensação de insegurança e, finalmente o ciúme.

Como Resolver o Problema?

Caso a situação ultrapassse os limites, deve-se buscar um apoio emocional para compreender quais processos estão agindo em meio a este ciúme. Desta forma, é necessário que o indivíduo realize um processo psicoterapêutico para compreender qual é a causa e como trabalhar tais emoções para mudar esta situação e melhorar sua qualidade de vida e relacionamentos.
Muitas vezes é um processo difícil, mas acredito que as pessoas tem a capacidade de crescer, mudar e serem mais felizes quando se mostram disponíveis para um processo psicoterapêutico. Vamos buscar juntos compreender os afetos, sentimentos e emoções mais profundos, trabalhando as causas do ciúme patológico.

Fonte ://www.psicologaregina.com.br

O papel de Maria, a mãe de Jesus


Exaltação inadequada de Maria
Durante as férias, dei uma olhada no novo livro do padre Marcelo Rossi, intitulado Kairós. De modo geral, é uma leitura leve e que aproveita histórias de personagens bíblicos para falar do tempo de Deus e da atuação dEle na vida desses homens e mulheres. No entanto, na página 70, há algo que eu não poderia deixar de comentar. Rossi escreveu: “A Virgem Maria é a bondade, a proteção, o perdão e a maior intercessora que temos junto a Jesus. Quando você estiver numa grande dificuldade, não tenha receio: peça à mãe que o Filho atende. Por isso mesmo ela é chamada de advogada-nossa.” Além do fato de que os mortos em Cristo estão “dormindo”, inconscientes até a volta de Jesus (confira aqui) e que o dogma da assunção de Nossa Senhora foi criado em 1950, há textos bíblicos como este, que contradizem a ideia da intercessão mariana: “Há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem" (1 Timóteo 2:5).

Com todo o respeito, no passado também rezei muito o terço e pedi coisas para Nossa Senhora. Sei que fiz isso com sinceridade, como muitos irmãos católicos fazem hoje, e creio que Deus leva isso em conta. Mas, uma vez que resolvi estudar a Palavra dEle, descobri textos como o citado acima. O que ele nos diz? Que a oração deve ser uma conversa franca com o Pai, em nome de Jesus. E só.

Tenho todo o respeito por Maria, afinal, ela foi uma mulher especial, escolhida para ser a mãe do Salvador. Mas em nenhum lugar da Bíblia encontramos algo como a “imaculada conceição” ou a “assunção” dela. A melhor maneira de honrar a memória dela é obedecendo a Jesus, já que ela disse: “Fazei tudo quanto Ele vos disser” (João 2:5).

Repito: já fui católico praticante, respeito os meus irmãos católicos, mas hoje obedeço à Palavra do Criador de Maria. Espero que recebam minhas palavras com o mesmo carinho com que as escrevi. [MB]

Neste sermão, o padre Fábio de Melo (prefaciador do livro do padre Marcelo) chega mais perto da verdade:

A oração que salva


22-orar-bTEMPO DE REFLETIR – 22 de fevereiro de 2014
Você sabe qual é a oração que salva?
A oração que salva é mais do que abrir o coração a Deus como a um amigo; é também a entrega de nosso coração, nosso espírito, corpo, mente e alma para que por Ele vivam e morram.
É mais do que aquilo que dizemos a Deus; é também ouvir e esperar pacientemente por aquilo que Deus tem para nos dizer.
É mais do que buscar maior luz a fim de compreender algum mistério; é também andar humildemente, fielmente, na luz menor que temos hoje.
É mais do que contemplar a perfeição e a formosura de nosso Salvador, Sua justiça e amabilidade; é também ver-nos a nós mesmos como Deus nos vê, nossa dependência e necessidade.
É mais do que pedir a cura de nosso corpo e nossa mente; é também obedecer às leis divinas de nosso ser, a fim de que não adoeçamos.
É mais do que receber as coisas boas da vida; é também estar disposto a tomar o amargo juntamente com o doce. É mais do que ser purificado do pecado e ficar são; é também “vai-te, e não peques mais”.
É mais do que suplicar a proteção do poder do tentador; é também fechar os olhos e os ouvidos a todas as vistas e sons maus que proliferam por toda parte.
É mais do que buscar a aprovação de Deus quando nossos dias são escuros e os céus sombrios, prenunciando terror; é também buscar a face de Deus quando nossos dias são brilhantes, ensolarados, nossos céus azuis, nosso rosto radiante com o sorriso da gratidão, e nosso coração transbordante de louvor pelas bênçãos recebidas.
É mais do que pedir que Deus finalize depressa a obra de redimir os homens e pôr fim ao pecado; é também meter ombros à obra, dando uma mão a Deus e fazendo todo o possível para contribuir para o apressamento daquele grande e glorioso dia.
É mais do que uma chave que abre os celeiros do Céu para satisfazer nossas necessidades; é também a chave que abre nosso coração e nossas mãos, a fim de passarmos nossas bênçãos para satisfação das desesperadas necessidades de um mundo a perecer.
É mais do que o fôlego de vida da alma; é a expiração desse fôlego de vida aos moribundos que, ao nosso redor, se acham sem esperança e sem Deus.
Oração que salva é a perfeita união da alma com Deus, para sempre e sempiternamente.
Fonte: Amilton Menezes

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

O ateísmo é irracional?


Alvin Plantinga
No meio de tantas notícias ruins e de uma espécie de embrutecimento generalizado da mídia, onde tudo o que se lê são clichês, dois artigos recentes foram como água em terra seca. O primeiro foi o artigo da Christianity Today americana que me abriu o mundo da pesquisa interessantíssima de Robert Woodberry [...]. O outro é esta entrevista com o filósofo Alvin Plantinga no New York Times sobre as incongruências do ateísmo. Muitos de nós cristãos leigos, despidos de ferramentas intelectuais de peso, olhamos para celebridades comoRichard Dawkins, o guru do ateísmo “cult” e lhes admiramos a verborragia culta, a fala versada em argumentos sofisticados que faz com que nossa capacidade intelectual pareça ínfima, e se encolha numa dança humilde de autojustificação:

– Ah... Mas Deus transformou toda a sabedoria dos sábios em loucura...

– A fé cristã, quando dissecada, diminui; temos que experimentá-la e não entendê-la.

Nada contra a experiência da fé, nem a loucura à moda de Deus, mas admiro quem aparece nesta cena com estofo para argumentar com propriedade. Essa entrevista com o filósofo Alvin Plantinga nos mostra que há mais estofo na apologética cristã do que sonha a nossa vã filosofia. Conheci Plantinga em Porto Velho, onde ele ia com uma certa frequência para visitar sua filha missionária, que trabalhava com o marido e os filhos na selva da Amazônia ocidental. O marido servia como piloto, ela era professora dos filhos e estudava para ser consultora de tradução. Hoje a família mora em Camarões.

Plantinga é um homem impressionante. Alto, esguio, voz tonitruante. Tive oportunidade de traduzir uma palestra para ele uma vez, dada aos missionários e linguistas da Jocum e da Wycliffe, no nosso salãozinho de reuniões cercado de mato. A intensidade dele enquanto ensinava imagino que era a mesma que usava nas salas da Universidade de Notre Dame. Poucos gestos, olhar penetrante, lógica precisa. O homem dava medo.

Plantinga não teme Dawkins, não se deixa intimidar por ele e outros “sabichões”. Trabalha na cena internacional da filosofia há muitas décadas. É campeão de jiu-jitsu cerebral. O entrevistador Gary Gutting começa com estatísticas. Existe algo mais intimidador do que estatísticas que te fazem sentir como se pertencesse a uma minoria irrelevante, como uma laranja roxa, ou uma banana retangular?

“Uma pesquisa recente demonstrou que 62% dos filósofos são ateístas e mais outros 11% são favoráveis a esse ponto de vista.” Ou seja, 73%, uma maioria esmagadora dos colegas de Plantinga. O repórter segue: “Você acha que a literatura filosófica oferece uma crítica ao teísmo forte o suficiente para respaldar essa perspectiva? Ou talvez você pense que esse fato se deve a outros fatores que não a análise racional.”

Um bom começo. O repórter pensa que encurralou Plantinga. Se 73% dos pensadores pensam assim, a “razão” deve naturalmente estar com eles. Gutting oferece uma saída com ironia: “Se a razão está com eles, a sua saída, portanto, deve ser ‘irracional’...”

Plantinga não cai na armadilha e se sai bem dessa e de outras muitas perguntas, e propõe que muitas vezes a irracionalidade ou a incoerência está do lado ateísta e não o contrário. “Se não existem evidências suficientemente fortes a favor do teísmo, não é razão para se dizer que a alternativa racional seja o ateísmo. A evidência é a favor do agnosticismo.”

Vale a pena ler (aqui), traduzir no Google Translator e verificar no Amazon a vasta obra de Plantinga [em português há o ótimo livro Deus, a Liberdade e o Mal]. Boa leitura. 

Característica do cérebro humano é única


Criação singular
Pesquisadores da Universidade de Oxford (Reino Unido) identificaram uma área do cérebro humano que parece diferente de tudo que existe nos cérebros de alguns dos nossos parentes mais próximos [sic]. A área é conhecida por estar intimamente envolvida em alguns dos mais avançados mecanismos de planejamento e de tomada de decisões – características que os cientistas acreditam ser únicas dos humanos. O professor e pesquisador Matthew Rushworth, do Departamento de Psicologia Experimental da Universidade de Oxford, explica que o corpo científico tende a pensar que nossa capacidade de planejar o futuro, ser flexíveis em nosso comportamento e aprender com os outros são características particularmente impressionantes. “Em nossa mais recente pesquisa, identificamos uma área do cérebro que parece ser exclusivamente humana, e é provável que ela esteja relacionada de alguma forma a esses poderes cognitivos”, diz.

Thomas Suddendorf, professor de Psicologia da Universidade de Queensland, na Austrália, antes mesmo do anúncio do novo estudo, já concordava com os pesquisadores ao afirmar que uma das características-chave que nos faz humanos parece ser a de que podemos pensar em futuras alternativas e fazer escolhas deliberadas em conformidade com o contexto em que estamos inseridos.

Em um artigo para o jornal Huffington Post, ele escreveu: “Nossas mentes geraram civilizações e tecnologias que mudaram a face da Terra, enquanto até mesmo os animais que são nossos parentes mais próximos [sic] ainda vivem discretamente em florestas. Parece haver grande lacuna entre a mente humana e a animal, no entanto, tem sido notoriamente difícil entendê-la.” A recente pesquisa da Universidade de Oxford parece dar um passo adiante nesse caminho.

Imagens de ressonância magnética de 25 voluntários adultos foram utilizadas para identificar os principais componentes da área do córtex frontal ventro-lateral do cérebro humano, e como eles estão conectados com outras áreas do cérebro. Os resultados foram, então, comparados com os dados equivalentes de exames de ressonância magnética feitos com 25 macacos.

Essa área específica do córtex frontal ventro-lateral do cérebro – presente apenas em seres humanos e outros [sic] primatas – está envolvida em muitos dos aspectos mais elevados da cognição e da linguagem humana. Algumas partes dessa região estão ligadas a distúrbios psiquiátricos, como o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), a dependência de drogas ou distúrbios de comportamento compulsivo. A linguagem é afetada quando outras partes são danificadas após um derrame (AVC) ou doenças neurodegenerativas. Uma melhor compreensão das ligações e redes neurais envolvidos deve ajudar no entendimento das mudanças no cérebro que vão junto com essas condições.

O professor Rushworth explica que o cérebro é um mosaico de áreas interligadas. “Queríamos focalizar essa região muito importante da parte frontal do cérebro e observar quantas peças desse quebra-cabeça existem e onde elas estão posicionadas”, conta.

A partir dos dados de ressonância magnética, os pesquisadores foram capazes de dividir o córtex frontal ventro-lateral humano em 12 áreas. “Cada uma dessas 12 áreas tem seu próprio padrão de conexões com o resto do cérebro, uma espécie de ‘impressão digital neural’, que nos dá a pista de que ali acontece algo único”, descreve Rushworth.

Os pesquisadores foram capazes de comparar as 12 áreas da região no cérebro humano com a organização do córtex pré-frontal do macaco. Em geral, as regiões se mostram muito semelhantes: tanto que 11 das 12 áreas foram encontradas em ambas as espécies. A forma com que as regiões estão conectadas com as demais áreas do cérebro também é muito parecida com a organização nos humanos.

No entanto, uma área em especial do córtex frontal ventro-lateral humano não possui nenhum equivalente no macaco: uma área chamada de polo frontal lateral do córtex pré-frontal. De acordo com um dos autores do estudo, Franz-Xaver Neubert, o maior trunfo da pesquisada foi justamente descobrir uma área no córtex frontal humano que não possui equivalente algum nos macacos. “Essa área tem sido identificada com o planejamento estratégico e as tomadas de decisão, bem como a habilidade que os humanos possuem de realizar diversas tarefas ao mesmo tempo.”

O grupo de pesquisa da Universidade de Oxford também constatou que as partes auditivas do cérebro humano estão muito bem conectadas com o córtex pré-frontal. No caso dos macacos, essa conexão é bem menos intensa. Os pesquisadores sugerem que isso pode ser um ponto importantíssimo e até determinante para a nossa capacidade de compreender e produzir discursos.


Nota: Assim como ocorre com as semelhanças genéticas entre humanos e macacos, as pequenas diferenças entre o cérebro humano e o de macacos fazem uma diferença abissal. Em lugar de se deterem nas aclamadas semelhanças (que devem mesmo existir entre animais que habitam o mesmo planeta e têm fisiologia e metabolismo semelhantes), os pesquisadores deveriam focalizar as tremendas diferenças, como estão fazendo na pesquisa acima. E essas diferenças – misteriosas para os naturalistas – certamente apontam para o fato de que fomos feitos à imagem e semelhança de Deus. Evidentemente que é por causa disso que nós, humanos, temos outra característica única entre os seres vivos: somos naturalmente mais do que sapiens, somos religiosos. Homo religiosus. [MB]

Tribos africanas possuem parte de DNA europeu


Povo khoisan
As tribos de caçadores-coletores que vivem no sul da África costumam ser vistas como uma espécie de modelo quase intacto dos primeiros Homo sapiens, relativamente isoladas desde que a nossa espécie surgiu há mais de 100 mil anos [segundo a cronologia e a hipótese evolucionista]. Daí a surpresa que vem dos dados de uma nova pesquisa: parte do DNA dessas tribos lembra muito o de... italianos e espanhóis. E, ao que tudo indica, a mistura genética aconteceu há mais de mil anos, muito antes de os europeus chegarem à região, a partir do século 15. A pesquisa foi publicada na revista científicaPNASOs cientistas comparam trechos do DNA de mais de mil pessoas, pertencentes a 75 populações diferentes mundo afora, entre as quais 15 tribos khoisan, como são conhecidos os caçadores e pastores do sul da África. Após analisar os dados, os pesquisadores verificaram a presença de variantes genéticas de origem eurasiático-ocidental. Trocando em miúdos: derivados da mesma população que originou os europeus e os povos do Oriente Médio. Um dos grupos khoisan parece ter herdado 14% de seus genes desse grupo.

A explicação para o mistério parece estar em outros povos da África. Entre certos grupos etíopes, por exemplo, esse mesmo componente genético parece corresponder a 50% do DNA, e com uma origem bem mais antiga, com cerca de 3.000 anos.

Daí o cenário proposto pela equipe: grupos do Oriente Médio teriam primeiro chegado ao leste da África e se misturado à população local. Mais tarde, descendentes miscigenados desse grupo teriam partido rumo ao sul do continente, daí a menor proporção de genes eurasiáticos ao longo do tempo. A semelhança com italianos e espanhóis seria explicada pelos ancestrais comuns de ambas as populações. [Essa é uma possível explicação. Outra poderia ser que todos proviemos de um mesmo ancestral comum: Adão. – MB]

Espere no Senhor


21-espera_no_Senhor-bTEMPO DE REFLETIR – 21 de fevereiro de 2014
“Descanse no Senhor e aguarde por Ele com paciência” (Salmo 37:7).
Praticamente todos os dias temos de enfrentar situações em que é preciso esperar: é a fila que não anda, o telefonema que não chega, é a internet que está lenta, é o semáforo que não abre… Esperar não é, de fato, a experiência mais agradável da nossa vida, principalmente quando esperamos por respostas às orações que fazemos a Deus quanto aos nossos anseios mais profundos e às nossas necessidades mais urgentes.
Além de orar, você pode fazer outras coisas para evitar que os períodos de espera no Senhor se transformem em momentos sombrios. Permaneça na Palavra de Deus e continue a aprender a respeito do Senhor. Peça que Ele lhe mostre os talentos e as aptidões concedidos e como desenvolvê-los. Peça que lhe revele o que você precisa começar a fazer ou deixar de fazer. Talvez Deus esteja esperando por você.
Se você continuar a caminhar com o Senhor e a dar passos que sabe serem corretos, certamente chegará a seu destino. Ainda que a jornada pareça demorada, não desanime. Mesmo quando sua vida parecer estagnada, se você se apegar ao Senhor, vai continuar avançando no rumo que Ele deseja. Não é raro Deus realizar com rapidez uma obra que Ele vinha preparando há muito tempo. Nesse meio tempo, permita que Ele o sustente. Diga para si mesmo: “Descanse no Senhor e aguarde por Ele com paciência” (Sl 37:7).
Ore: “Senhor, enquanto espero em Ti, peço Tua ajuda para crescer no entendimento de Teus caminhos e não sucumbir à impaciência ou ao desânimo só porque o meu cronograma não coincide com o Teu. Fortalece minha fé para que eu dependa de Teu tempo perfeito. Em nome de Jesus, amém!”

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Orar é aceitar a insuficiência humana


20-orando-bTEMPO DE REFLETIR – 20 de fevereiro de 2014
“Faça-se a Tua vontade, assim na terra como no céu” (Mateus 6:10)
Deus responde todas as orações? Por que às vezes sentimos como que se Ele tivesse tempo para todos, menos para nós? Alguma vez você já se sentiu tão pequeno, indigno e tão pecador que pensou não ter direito de que Deus prestasse ouvidos à sua oração? Então existe algo que você precisa entender hoje: seu senso de insuficiência é a sua melhor oração. O primeiro passo para começar a perceber em nós a resposta divina é sentir que somos fracos e carentes.
Quando oramos e contamos a Deus tudo que acontece em nossa vida, quando chega a noite e Lhe abrimos o coração para falar sem preocupação do relógio, não é porque devamos fazer um relatório do que fizemos ao longo do dia, mas para criar em nós o sentido da dependência e necessidade dEle.
Ainda que não falássemos nada, se simplesmente caíssemos de joelhos reconhecendo que precisamos dEle, o Senhor Jesus ouviria e atenderia nossas necessidades.
Você que é mãe, talvez consiga entender o que estou dizendo. Olhe para esse bebê maravilhoso que você tem no colo. Não sabe falar, mas tem necessidades, precisa de alimento, de atenção e do calor da mãe. Tudo que sabe fazer é chorar, mas você não está esperando que ele fale para atender suas necessidades. Você se esforça para adivinhar o que ele está precisando, porque o ama. Você é mãe em função dele. Esse pequeno bebê é objeto de todo seu carinho e atenção, não importando se é oito da noite ou duas da madrugada.
É mais ou menos assim que Deus nos trata. Ao orar, você para de fugir de Deus. Você abre o coração e Lhe permite entrar. Permite que Ele faça parte dos detalhes mais íntimos da vida. Você nunca mais está só. Ele e você tornam-se uma só pessoa. Ele em você santificando sua vontade e vivendo em você as grandes obras de vitória.
Agora que ambos são um e vivem juntos, aprenda a confiar nEle. Aprenda a não se desesperar quando as respostas divinas não são conforme suas expectativas humanas. Orar é sentir a insuficiência humana e abrir o coração a Deus como a um amigo. Muitas vezes Ele terá de dizer-lhe: “O que Eu faço, tu não sabes agora, mas depois o entenderás”.
Deus sempre dirige a nossa vida como nós também a dirigiríamos, se pudéssemos ver o fim desde o princípio, diz Ellen White. E o futuro se encarregará de mostrar-nos como as horas em que pensávamos que Deus não atendia as nossas orações, foram as horas em que Ele esteve mais próximo de nós. (Escrito pelo Pr. Alejandro Bullón)
Reflita sobre isso no dia de hoje.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Momento da oração interrompido


19-oracao-bTEMPO DE REFLETIR – 19 de fevereiro de 2014
Há certas circunstâncias que dificultam a oração, secreta ou em família, como por exemplo, as interrupções: Toca o telefone, vem uma visita, chegam as compras do supermercado, contas a pagar, avisos disto ou daquilo, etc. Mahatma Gandhi tinha os seus períodos certos de meditação ou oração, quando não atendida ninguém, nem coisa alguma o interrompia.
No livro RESPIGANDO, págs. 82 e 83, o autor conta o seguinte: “O barão Cristóvão de Pfeil era ministro do rei Frederico. Um dia o rei levantou-se mais cedo do que de costume e foi logo ao gabinete do seu ministro.
À vista do rei, o criado sentiu-se muito constrangido. O rei queria ver seu ministro, mas este tinha dito ao criado que ele não podia receber quem quer que fosse. A quem devia obedecer?
O criado explicou ao rei que seu amo não podia receber naquele momento. O rei esperou. Depois de um quarto de hora, o ministro apareceu, inclinou-se diante do rei e disse:
- Perdoe-me Vossa Majestade! Eu estava a falar com o Rei dos reis!
Aquela hora matutina era quando o ministro fazia sua oração, e nessa hora não queria que ninguém o perturbasse.
Se em nosso culto de família chega uma visita, convidemo-la para participar. Lembro-me de um caso ocorrido em nossa casa: Apenas iniciado o culto vespertino, batem à porta. Atendemos, convidamos o casal para entrar e participar da reunião, apesar de não serem de nossa fé. Soubemos depois terem apreciado muito o pequeno serviço religioso.
Fique atento também pois o espírito de crítica, de murmuração, do egoísmo ou orgulho, pode no momento da oração querer introduzir-se com um pensamento indigno, incompatível com o espírito de oração. Façamos dessas intromissões malignas, porém, um objeto de oração. Forcemos o pensamento em direção a Jesus. Seu amor, Sua prontidão e boa vontade para nos acudir, e o espírito devoto retornará. Não nos esqueçamos de que o intuito da oração é, afinal, vencermos o pecado, seja quando for que se manifeste ou queira manifestar.
Reflita sobre isso no dia de hoje.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

A oração muda o foco


Clear strategy and leadership solutionsTEMPO DE REFLETIR – 18 de fevereiro de 2014
“Quem crê em Mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (João 7:38).
Aprendi que Deus pode aplanar meu caminho, acalmar as tempestades guardar meus entes queridos e a mim mesmo e até simplificar as coisas quando peço que Ele trate das complicações do dia a dia. Nada disso, porém, acontece de forma automática. É preciso orar.
A oração nos ajuda a viver de acordo com a vontade de Deus. Ela desvia nosso olhar do temporal para o eterno e nos mostra o que é verdadeiramente importante. Quando oramos, adquirimos a capacidade de discernir entre a verdade e a mentira. O hábito de apresentar a Deus nosso louvor e nossos anseios fortalece nossa fé e nos estimula a crer no impossível. Orar nos inspira e nos capacita a nos tornarmos filhos obedientes de Deus, conforme desejamos e acreditamos que podemos ser.
A Palavra de Deus diz que rios de água viva correrão de dentro de quem nEle crer (Jo 7:38). Creia no Senhor e busque o fluir da água viva em você e através de você, hoje e todos os dias de sua vida. Convide o Espírito Santo a orar por seu intermédio, de modo que você seja totalmente renovado pelo poder da oração.
Ore: “Senhor Deus, peço que o Espírito Santo me encha novamente neste momento. Peço que renoves hoje da mesma maneira que a fonte é renovada constantemente com água fresca, que a faz permanecer pura. Ajuda-me em minha fraqueza. Ensina-me coisas novas a Teu respeito. Em nome de Jesus, amém!”

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Dez fatos estranhos e interessantes sobre Charles Darwin


Fatos e lendas sobre o homem
10. Darwin era religioso. O cientista é talvez o mascote mais popular do movimento ateu – sua teoria da evolução é contrária ao criacionismo, a crença religiosa de que a humanidade e tudo no Universo são a criação de um agente sobrenatural (Deus). No entanto, Darwin não era ateu. E, apesar ter se declarado agnóstico durante os últimos anos de sua vida (alguém que não acredita nem nega a possibilidade da existência de um Deus), ele mal falava sobre suas crenças pessoais e não gostava de discutir sobre as implicações de suas teorias em doutrinas teológicas, admitindo que sabia muito pouco sobre religião. Quando jovem, Darwin era conhecido por ser bastante religioso. Em sua autobiografia, ele lembrou que foi ridicularizado em uma viagem de exploração científica por oficiais do navio da Marinha Britânica HMS Beagle por acreditar que a Bíblia era uma autoridade final sobre a moralidade.

Embora não fosse muito ativo nos círculos religiosos, o moço Darwin tinha uma firme convicção de que Deus existia e de que a alma era imortal [no que estava equivocado;confira; e leia também "Darwin diante da morte"]. Enquanto no Brasil, ele estava tão absorto pela beleza da natureza que a proclamou como a manifestação de um ser superior. Darwin teve dificuldade em fazer uma transição para o agnosticismo. Quando começou a questionar a existência de Deus, ele disse que não podia apreciar a beleza da natureza com o mesmo vigor religioso que tinha quando era jovem, comparando a sensação como a de ser daltônico.

9. Darwin tinha gosto por comida exótica. Darwin gostava de experimentar comidas estranhas. Durante seu tempo na Universidade de Cambridge, ele pertencia a um grupo de culinária chamado Glutton Club (Clube dos Glutões), cujos membros se encontravam uma vez por semana para experimentar vários pratos “exóticos” anteriormente desconhecidos para o paladar humano, por exemplo, a carne de vários pássaros selvagens, como gaviões.

Quando embarcou em sua missão no HMS Beagle, ele reacendeu seu gosto por iguarias exóticas. Durante a viagem, Darwin foi capaz de experimentar tatus, que disse ter gosto de pato, além de um roedor sem nome que ele descreveu como a melhor carne que já provou. O naturalista até mesmo descobriu uma nova espécie de ave em seu prato do jantar, que mais tarde foi nomeada em sua homenagem Rhea darwinii.

Em Galápagos, Darwin comeu tartarugas e bebeu fluido de suas bexigas, que ele descreveu como “bastante límpidos e com um gosto só ligeiramente amargo”. Suas façanhas gastronômicas foram ainda mais extremas na América do Sul, onde Darwin conta que comeu uma carne muito branca que o fez se sentir enjoado no começo, pensando que ele estava comendo a carne de um bezerro. Logo, o cientista ficou aliviado ao saber que estava comendo a carne de uma suçuarana, comparando o seu gosto ao de carne de vitela.

8. As teorias de Darwin foram usadas para defender tanto o capitalismo quanto o socialismo. Algumas pessoas culpam as teorias de Charles Darwin pelos males do capitalismo. Isso porque economistas logo aplicaram a ideia de seleção natural à economia e à sociedade, dando assim origem ao darwinismo social. Os adeptos do darwinismo social acreditam que o sucesso ou o fracasso econômico de uma pessoa é semelhante à luta de um animal para sobreviver. Assim, eles desencorajam o apoio do governo e atividades de caridade que ajudam os pobres, porque creem que a espécie humana se tornará mais forte se a sociedade permitir que os “inaptos” morram. Entre darwinistas sociais notórios estão dois dos homens mais ricos de seu tempo, Andrew Carnegie e John Rockefeller. Embora o próprio Darwin tenha admitido não ter uma compreensão adequada de política e economia, suas teorias sem dúvida afetaram o crescimento do capitalismo no início do século 20. Devido a isso, a maioria das pessoas assume que a seleção natural não é bem recebida por aqueles que se opõem a esse sistema econômico. Não é bem assim.

Charles Darwin, na verdade, teve uma enorme influência positiva também no extremo oposto do espectro. Enquanto os darwinistas sociais viam as teorias de Darwin como uma forma de justificar a ganância e a opressão, Karl Marx a viu como uma alegoria para as lutas de classes. O filósofo alemão usou A Origem das Espécies de Darwin como a base biológica do socialismo. Conforme um organismo luta para sobreviver em um ambiente hostil, a classe toda também deve lutar contra aqueles que a estão explorando – uma luta de classes que Marx disse ter observado na sociedade. A influência do naturalista em Marx foi tão grande que o famoso socialista planejava dedicar seu livro, Das Kapital, a ele, um gesto que Darwin respeitosamente recusou.

7. Darwin também estudou psicologia. Durante seu tempo no Beagle, Darwin teve o privilégio de se deparar com várias culturas ao redor do mundo. Havia barreiras linguísticas óbvias que o impediam de se comunicar com moradores locais, mas ele observou que as emoções que as pessoas manifestavam – felicidade, tristeza, medo e raiva – não pareciam diferir muito de cultura para cultura. Este seria o início da menos conhecida carreira de Charles Darwin em psicologia, e do eventual desenvolvimento do conceito de emoções universais. Ele se correspondeu com muitos cientistas para estudar esse fenômeno, incluindo um médico francês chamado Guillaume Duchenne. Duchenne estudou os músculos faciais humanos e propôs que todos os rostos humanos manifestavam até 60 tipos diferentes de emoções. Ele é mais famoso pelas fotos que capturou de rostos de pessoas estimuladas com choques elétricos para produzir esses 60 tipos de emoções.

No entanto, Darwin discordava que todas as 60 emoções eram universais. Ele acreditava que apenas algumas delas eram comuns a todos os seres humanos. Para testar sua hipótese, o cientista realizou um experimento utilizando 11 das imagens de Duchenne. Em ordem aleatória, ele as mostrou uma de cada vez para 20 participantes, perguntando-lhes o que achavam. Quase todos concordaram que algumas mostravam certas emoções como raiva, felicidade e medo. O restante das fotos, no entanto, pareceu mais ambígua e os participantes não concordaram em uma única emoção. Isso confirmou a teoria de Darwin de que existiam apenas algumas emoções universais.

Ele também se envolveu com a psicologia social. O naturalista tinha interesse no conceito humano de compaixão. Ele acreditava que nosso senso de compaixão moral decorria de nosso desejo natural de aliviar o sofrimento dos outros. Coincidentemente, suas ideias sobre a compaixão eram muito semelhantes aos ensinamentos do budismo tibetano. Recentemente, ao saber sobre os escritos de Darwin sobre o assunto, o 14º Dalai Lama declarou: “Agora estou me chamando de darwinista.”

6. Darwin tinha ideias loucas sobre casamento. Darwin se casou com sua própria prima, Emma Wedgewood. Esse fato de sua vida é bem conhecido. O que ele pensava sobre casamento, entretanto, não é. Antes de juntar os trapos, o cientista escreveu uma lista divertida de prós e contras sobre as facetas do casamento. Uma parte de Darwin pensava que casar era sobre ter filhos: “Crianças – (se for do agrado de Deus) – objeto a ser amado e com quem brincar – melhor do que um cão de qualquer modo.”

Darwin também gostava da ideia de uma companheira: “Meu Deus, é intolerável pensar em gastar toda a vida como uma abelha, trabalhando, trabalhando e nada depois. Não, não, não vou fazer isso. Imagine viver todos os dias solitariamente em uma casa suja e nebulosa em Londres. Só imagine a si mesmo com uma boa esposa em um sofá macio, com uma boa fogueira, e livros e música, talvez. Compare essa visão com a realidade suja da rua Great Marlborough.”

Por outro lado, Darwin sentia que tomar o caminho do celibato também tinha seus benefícios: “A liberdade de ir aonde se gosta. Conversa de homens inteligentes em clubes. Não ser forçado a visitar parentes, e se curvar em cada discussão. Não ter a despesa e ansiedade das crianças. Perda de tempo. Não poder ler à noite. Gordura e ociosidade. Talvez minha esposa não goste de Londres, então a solução seria o exílio e eu pareceria um tolo.” Esses são apenas alguns dos itens que Darwin incluiu em sua lista, que prova que ele era como qualquer outro cara.

Eventualmente, ele decidiu se casar com sua prima de primeiro grau Wedgewood, com quem teve dez filhos e viveu feliz por 43 anos até sua morte, em 1882.

5. Darwin fez tratamentos de saúde nada científicos. Embora tenha havido muitas especulações sobre o que deixou Darwin muito doente durante o curso de sua vida, ele não recebeu um diagnóstico preciso de sua condição até mais de cem anos após sua morte (ele morreu de insuficiência cardíaca, e pesquisadores especulam que tinha doença de Chagas que teria contraído aqui no Brasil). Por causa das limitações da medicina em sua época, não havia nenhum tratamento satisfatório para ajudá-lo a lidar com seus variados sintomas, mas o cientista encontrou conforto em uma terapia com água muito questionável.

Em uma carta que enviou a seu amigo íntimo, o botânico Joseph Dalton Hooker, Darwin reclamou que vinha sofrendo de vômitos contínuos. Ele também relatou tremores nas mãos e tontura, que presumiu ser resultantes do impacto do vômito incessante em seu sistema nervoso. Ao ler um livro de um certo Dr. Gully sobre uma terapia da água, o naturalista se interessou pelo tratamento, e mudou-se com sua família para um apartamento alugado perto da clínica do especialista, para receber cuidados.

O Dr. Gully submeteu Darwin a vários procedimentos estranhos, como aquecê-lo com uma lâmpada até que ele transpirasse apenas para esfregá-lo violentamente com toalhas embebidas em água fria. Darwin também recebeu banhos frios nos pés e teve que usar uma compressa úmida em seu estômago durante o dia todo. Surpreendentemente, o naturalista achou o tratamento bizarro e não científico bastante eficaz, dizendo ter visto grandes melhorias em sua saúde após o oitavo dia de consulta com o Dr. Gully. Na mesma carta endereçada a Hooker, ele declarou que tinha certeza de que a cura da água não era charlatanismo. Acho que ninguém havia ouvido falar em efeito-placebo na época. [Aqui o autor do artigo revela sua ignorância a respeito da hidroterapia. Ponto para Darwin.]

4. Darwin, o detetive de terremotos. Pelo menos 25 grandes terremotos foram registrados no Chile desde 1730, sendo que todos mataram milhares de pessoas. Darwin teve a oportunidade desagradável de presenciar a consequência de um deles – o terremoto de Concepción de 1835. Foi um tremor muito forte, com magnitude de 8,8 na escala Richter. O terremoto demoliu toda a cidade em meros seis segundos.

Durante o tempo do terremoto, Darwin estava viajando com o Beagle. Quando chegou a costa de Concepción, imediatamente começou a investigar a natureza e a origem do tremor. Ele descreveu a devastação como “o espetáculo mais terrível e interessante que já viu”. O cientista fez observações sobre as sequelas do terremoto, notando que o litoral do Chile havia se tornado permanentemente elevado, particularmente na ilha de Santa Maria, que havia crescido três metros a partir da sua altitude de origem. Ele reuniu suas próprias observações e as combinou com testemunhos da população local para reconstruir os acontecimentos antes e durante o terremoto. Depois de semanas de trabalho, Darwin descobriu que o terremoto podia ter sido causado por uma cadeia de vulcões ao longo da costa do Chile, que entrou em erupção pouco antes de sua ocorrência.

3. Se convertendo em cristão novamente. Durante a segunda metade do século 19, Darwin já era bastante popular nos círculos científicos. No começo dos anos 1880, quando estava se aproximando de sua morte, uma mulher chamada Elizabeth Hope estava apenas começando a se tornar conhecida no movimento evangelístico.

Darwin e Hope pertenciam, obviamente, a dois mundos diferentes. Um encontro de ambos parece muito improvável, mas um artigo de 1915 do jornal batista Boston Watchman Examiner alegou exatamente isso. O texto detalhava como Darwin convidou a jovem Elizabeth para visitá-lo, e supostamente confessou seu arrependimento em ter desenvolvido a teoria da evolução. Ele teria pedido à evangelista que compartilhasse com seus vizinhos a mensagem de Jesus Cristo e da salvação que ele traz para a humanidade.

A história era muito atraente para os evangélicos, é claro. Saber que a mente por trás da teoria da evolução retratou suas próprias ideias e se converteu ao cristianismo não só lhes dava uma forma de responder aos chamados “evolucionistas”, como também reafirmava sua fé na história bíblica da criação.

No entanto, a lenda desse encontro bizarro foi desmascarada tão rapidamente e facilmente quanto se espalhou. Na autobiografia de Darwin, ele repetidamente menciona sua dissociação com o cristianismo e conclui que o agnosticismo seria a descrição mais correta para seu estado de espírito. Seu filho, Francis Darwin, proclamou que seu pai manteve uma visão agnóstica no fim da sua vida até a morte. A esposa de Darwin, que era muito religiosa e teria gostado de vê-lo voltar ao cristianismo, nunca mencionou qualquer conversa do tipo antes da morte do marido. Ela lembrou que suas últimas palavras foram: “Lembre-se como você tem sido uma boa esposa para mim” e que ele não tinha “o menor medo de morrer”.

2. As neuroses de Darwin. Enquanto Darwin sofria de muitos males físicos, alguns biógrafos se mostraram mais intrigados com seu estado de espírito. Em suas cartas aos amigos, o cientista revela que sofria de pensamentos obsessivos que, em suas próprias palavras, eram “horríveis”. Esses pensamentos, que ocorriam principalmente durante a noite, causavam-lhe grande angústia. Em uma carta a seu grande confidente Dr. Hooker, Darwin escreveu: “Eu não conseguia dormir e tudo o que eu havia feito no dia me assombrava vivamente à noite com uma repetição desgastante.”

Ele era paranoico com o fato de que passaria sua enfermidade para os filhos. Ele também era infinitamente crítico de sua aparência física, acreditando ser bastante feio. O cientista precisava de constante reafirmação de outras pessoas, além de proferir um mantra centenas de vezes para aliviar seus pensamentos obsessivos.

O psiquiatra e biógrafo de Darwin John Bowlby observou que o gênio não foi capaz de lamentar corretamente a morte de sua mãe quando era jovem, o que pode ter levado a sua neurose. Foi em face dessas dificuldades mentais que Darwin se tornou um dos pensadores mais influentes da história.

1. O projeto mais ambicioso de Darwin. Há 200 anos, havia uma pequena e isolada ilha vulcânica no sul do Atlântico, a 1.600 quilômetros ao largo da costa da África, chamada Ilha de Ascensão. Seca e sem vida, ela ficou desabitada desde sua descoberta em 1501 até 1815, quando a Marinha Real Britânica a usou como uma estação militar para manter um olho sobre Napoleão durante seu exílio na vizinha Ilha Santa Helena.

Hoje, Ascensão não é mais triste e desolada. A ilha agora possui uma paisagem exuberante e uma população de cerca de 1.100 pessoas, graças a Darwin. Sua viagem de cinco anos com o Beagle estava prestes a terminar quando o navio passou por lá. A vista da ilha apocalíptica de cones vulcânicos vermelhos brilhantes e lava negra inspirou o cientista curioso. Pouco depois de Darwin voltar para a Inglaterra, ele e seu amigo John Hooker criaram um plano simples para convertê-la em uma “pequena Inglaterra”.

Com a ajuda da Marinha, os dois colheram diferentes espécies de plantas de todo o mundo para levar para a ilha, de 1850 em diante. Na década de 1870, o pico mais alto de Ascensão tornou-se significativamente mais verde, com eucaliptos, pinheiros, bambus e bananeiras. Plantas que geralmente não são vistas lado a lado em outros lugares do mundo foram vistas juntas pela primeira vez na ilha – e resolveram o problema da falta de água no local.

Enquanto ecossistemas geralmente se desenvolvem ao longo de milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista], o artificial criado por Darwin e Hooker floresceu apenas em uma questão de décadas [e Darwin provou que certas coisas não precisam ser tão lentas assim]. De acordo com o ecologista britânico David Wilkinson, a Nasa poderia aprender muito com o método dos cientistas quando começar a fazer o mesmo em Marte.