AQUI ESTÁ A PERSEVERANÇA DOS SANTOS, OS QUE GUARDAM OS MANDAMENTOS DE DEUS E A FÉ EM JESUS. AP.14:12


sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Igrejas evangélicas e católica reconhecem um só batismo


A caminho da união
A ideia de que, mesmo com suas particularidades, as igrejas cristãs reconheçam umas às outras como instituições que representam o corpo de Cristo, vem ganhando formato. Cinco igrejas históricas assinaram um documento reconhecendo oficialmente o batismo praticado entre elas, estabelecendo assim um ponto de relação. O documento é fruto de extensos debates e foi assinado por representantes das igrejas Católica, Lusitana Apostólica Evangélica, Evangélica Metodista, Evangélica Presbiteriana de Portugal e Ortodoxa do Patriarcado da Constantinopla. A assinatura aconteceu no último sábado, 25 de janeiro, na Catedral Lusitana de São Paulo, em Lisboa, Portugal. O reconhecimento mútuo do batismo estabelece que um fiel que for batizado em qualquer uma das igrejas signatárias será reconhecido como batizado nas demais, assim como as cerimônias de casamento.

O conceito de unidade cristã vem sendo alentado por diversos líderes há anos, e mais recentemente o papa Francisco tocou no assunto, dizendo que pede a Deus que ajude os cristãos a superar a desunião.

Sobre o documento de reconhecimento mútuo do batismo, a pastora da Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal, Sandra Reis, afirmou que reconhecer “um só batismo” é um “passo que torna visível” a unidade entre as igrejas cristãs. “É uma contribuição para a caminhada ecumênica em Portugal”, definiu a pastora.


Nota: O ecumenismo avança a passos largos. Neste semana, mesmo, o papa Francisco fez outro apelo à união dos cristãos. [MB]

Amor onisciente


31-paisagem-bTEMPO DE REFLETIR – 31 de janeiro de 2014
“Conheço-te pelo teu nome, também achaste graça aos Meus olhos.” (Êxodo 33:12)
Onisciência é um dos grandes atributos de Deus, mediante o qual Ele se apresenta ao mundo como um Deus todo sábio, conhecendo o fim desde o princípio, porque Ele é também onipotente, onipresente, fiel, santo e imutável.
A onisciência divina se revela em quatros campos de nossa atividade.
Primeiro, Deus sabe tudo que acontece, que está acontecendo, e por que acontece. Hebreus 4:13 declara que “não há criatura que não seja manifesta na Sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos dAquele a quem temos de prestar contas”.  Deus está vendo a você e a mim, aos nossos vizinhos e a todos ao redor da Terra e sabe tudo a nosso respeito e dos povos e nações. Jesus disse que até os cabelos de nossa cabeça estão todos contados e João escreveu que “certamente Deus é maior do que o nosso coração, e conhece todas as coisas” (Lucas 12:7 e I João 3:20).
Em segundo lugar, a onisciência divina mostra que Deus sabe tudo que vai acontecer. Ele sabia que os muros de Berlim cairiam em 1990 e que nesse mesmo ano estouraria a crise no Oriente Médio. A maioria das promessas de Deus na Bíblia são quanto ao futuro. Assim é a promessa feita a Adão e Eva, a Abraão e a todos nós. Todas as profecias predizem algo que vai acontecer. Deus sabia tudo o que aconteceria com Seu Filho aqui no mundo. Pedro testificou que Jesus foi “entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus” (Atos 2:23).
Em terceiro lugar, Deus sabe melhor que nós. A sabedoria divina é inegável. Se Deus sabe tudo, então Ele sabe melhor. Por isso, Jesus declarou que “Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que Lho peçais” (Mateus 6:8).
Finalmente, o quarto campo de nossa atividade sobre o qual a onisciência divina se revela: Deus nos conhece. Eu estou feliz que Ele me conhece e me faz o centro do mundo em sua estimativa global. Por mim deu o Seu Filho. Ele me conhece pelo meu nome; guarda-me em Suas mãos e ninguém me pode tirar dEle! (João 10:28 e 29)
Que pensamento!  Você é conhecido do Pai! Ele o toma por Sua mão e anda com você! Ele nunca o abandona! Nele você está seguro hoje e sempre, porque Ele o ama oniscientemente!

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Moradores de Barretos recebem 40 mil livros A Única Esperança


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Com capa especialmente personalizada, 40 mil livros foram entregues à população por nove mil participantes.
Desbravadores brasileiros, peruanos, bolivianos e uruguaios distribuíram na cidade de Barretos 40 mil exemplares do livro A Única Esperança. Assim, a estimativa é que um livro tenha sido entregue a cada habitante da cidade. A ação aconteceu um dia após os participantes do IV Campori Sul-Americano de Desbravadores terem conscientizado os moradores da cidade contra os perigos da Dengue e os convidado a participar das feiras de saúde.
Ter de bater na porta de pessoas que falam um idioma diferente e ainda entregar um livro poderia ser uma barreira aos desbravadores. Porém, o boliviano Ruben Espejo Apaza, de 15 anos, conta que usou gestos para poder se comunicar. Já Karola Zarate, de 23 anos, misturou o espanhol com as poucas palavras que sabe em português. “O jeito é improvisar no portunhol”, brinca.
Frente à viagem de quase três dias que os trouxe de Santa Cruz, na Bolívia, o idioma não foi uma dificuldade. Em parte, devido à hospitalidade brasileira. “Eles nos atendem com calma”, afirma a boliviana Jacqueline Tarqui, de 17 anos. “As pessoas sempre nos recebem bem”, confirma outra boliviana, Yudith Apaz, de 16 anos.
A boa recepção dos moradores de Barretos pode ser explicada, em parte, à admiração dada ao comportamento dos desbravadores. “É gratificante saber que existem jovens com esses valores, ainda mais hoje em dia em que só vejo jovens que querem saber de bebida, farra e outras coisas. Achei bem legal a atitude deles. Estão de parabéns”, elogia a secretaria Ana Paula. Ela recebeu das mãos da rondoniense Melissa Cidel um exemplar do livro.
Atravessar o Brasil para participar do Campori e estar em ações como essa fez com que Melissa se sentisse bem. “As pessoas estão recebendo o livro muito bem. Eu até me emocionei enquanto entregava os livros. As pessoas pareciam felizes e isso me deixava feliz também”, afirma.
Incentivo
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Melissa entrega exemplar à moradora de Barretos. Quem recebeu o livro elogiou a iniciativa
Os 40 mil livros entregues nesta quinta fazem parte dos projetos de cunho social promovidos pelo IV Campori Sul-Americano. A obra, que neste ano será distribuída em toda a América do Sul, ganhou uma capa comemorativa do evento que acontece em Barretos. Nos exemplares também contém endereços dos clubes de desbravadores das cidades e dos templos adventistas.
“Os moradores ficaram encantados com o presente que lhes demos. Nós queremos formar gerações de desbravadores que possam ir às ruas e realizar atividades missionárias”, explica o pastor Tércio Marques, diretor do departamento de Publicações da Igreja Adventista para a América do Sul e coordenador da atividade.
Um convite para uma série de conferências, que começa neste sábado, 11, também foi entregue. “Queremos chamar a atenção da população para a mensagem que temos e despertar pessoas para que conheçam mais a respeito da Bíblia”, ressalta Marques.  Uma campanha de conscientização sobre a Dengue foi feita na última quarta e na sexta, 10, acontece a distribuição de 40 mil DVD`s A Última Esperança, com imagens da Terra Santa e locais bíblicos. [Equipe ASN, Lucas Rocha]

Amor e bondade na provação



30-paisagem-bTEMPO DE REFLETIR – 30 de janeiro de 2014
“Todas as coisas cooperam para o bem.” (Romanos 8:28)
E. R. Reynolds, missionário no Paquistão, relata de como Deus demonstrou o Seu amor e bondade por ele, 15 anos depois do acontecido:
“Em outubro de 1966 um ladrão feriu-me mortalmente no Paquistão, onde era missionário. Seu tiro atingiu-me a cabeça terminando imediatamente o meu pastorado ativo. Para mim, desde então, “Deus é amor”,  é mais do que uma frase. É antes uma realidade que toca cada detalhe de minha vida.  A bala cortou certos nervos do cérebro tornando-me instantaneamente surdo de um ouvido, cego de um olho, incapaz de levantar-me ou sentar-me até hoje  e com o meu falar prejudicado. Apesar de tudo isto, Deus tem sido muito bom para mim. Eu sei que Ele me ama, e eu O amo de todo o coração. Assim também sentem minha esposa e filhos. Que maior bênção alguém pode pedir?  Romanos 8:28 e Filipenses 3:10 e os versos de Isaías 35:4-6 significam muito para mim: ‘Dizei aos desalentados de coração: sede fortes, não temais… Ele vem e vos salvará. Então se abrirão os olhos dos cegos [eu sou cego], e se desimpedirão os ouvidos dos surdos [que diferença fará à minha audição defeituosa!]; os coxos saltarão como cervos [Aleluia! Não precisarei mais da cadeira de rodas!], e a língua dos mundos cantará [Louvado seja Deus...’  Eu poderei cantar e tocar outra vez para a glória de Deus!]   Quando a gente passa por uma desgraça, pergunta: “Por que eu?” Por que o Senhor Deus fez isto comigo?  Por quê?  Mas não se deve culpar a Deus. Algumas vezes somos os culpados. Não devemos lamentar porque, vivendo sob o domínio de Satanás, somos alvos de sua inimizade. …  Por meio de certos aparelhos posso movimentar-me em casa e alimentar-me, o que não podia fazer antes. Ainda não consigo escrever bem com a mão nem segurar livros ou papel. Mas Deus proveu-me ajudadores para fazer estas coisas mecanicamente. Deus tem me dado a possibilidade de escrever artigos e livros evangelísticos para muçulmanos. Uma senhora me ajuda na língua árabe. Quão bom é Deus!   Estas poucas ilustrações do amor de Deus e do Seu cuidado por mim ajudam-me a compreender o Seu interesse e preocupação por mim. Ele te ama também… Quanto mais quente é a fornalha em que estás – e maior a provação – tanto mais Deus te ama e confia em ti, porque vê em ti um tesouro em potencial para o Seu reino… Louva-O pelo que Ele está fazendo  e fará por ti.”
Sim, amigo ouvinte, isto é andar e ser sustentado pelo amor de Deus!!

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Deus ainda ama este mundo?


28-paisagem-bTEMPO DE REFLETIR – 28 de janeiro de 2014
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito.” João 3:16.
Este verso da Bíblia revela quão grande é o amor de Deus por este mundo, estes bilhões e bilhões de pessoas, enfrentando catástrofes e calamidades, guerras e rumores de guerras, violência e estupros, falta de amor e caridade, vícios e crimes, sexo livre e doenças, infidelidades e divórcios, além do ódio, das paixões, da pobreza, egoísmo, descrença e materialismo, cujo destino final são os hospitais, os cárceres e os cemitérios.
Talvez você já tenha se perguntando: “Como Deus ainda pode amar este mundo, esta humanidade incrédula, suja, violenta e má, muito má?”
As tragédias, os desastres estão em todos os noticiários e, todos os dias. O terror está na ordem do dia e da noite ao redor do mundo! Também tristeza, conflito e dor…
Mas, amigo ouvinte, este é o mundo que Deus ama. Incrível?  Não!  “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito.” Deus ama o pecador. Este amor tão grande pela humanidade trouxe Jesus à Terra para sofrer e morrer. Foi o amor que moveu a vida de Jesus aqui na Terra e o amor é o princípio que nós todos devemos adotar.
Este amor é incomparável! Tema para a mais profunda meditação! O inigualável amor de Deus por um mundo que não O amou!

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

A escolha de um marido ou esposa


O casamento é alguma coisa que influenciará e afetará vossa vida tanto neste mundo como no por vir. Um cristão sincero não levará avante seus planos sem conhecer que Deus lhe aprove as intenções. Não quererá escolher por si mesmo, mas sentirá que Deus deve escolher. Não temos de nos agradar a nós mesmos, pois Cristo não Se agradou a Si próprio. Não quero que entendam que estou querendo dizer que alguém deve casar-se com uma pessoa a quem não ame. Isto seria pecado. Porém a fantasia e a natureza emocional não devem ter permissão de dirigir para a ruína. Deus requer todo coração, o supremo afeto. [...]
Os que pensam em casar-se devem tomar em conta qual será o caráter e a influência do lar que vão fundar. Ao tornarem-se pais, é-lhes confiado um santo legado. Deles depende em grande medida o bem-estar dos filhos neste mundo, e sua felicidade no mundo por vir. Eles determinam em grande extensão a imagem física e a moral que os pequeninos recebem. E da qualidade do lar depende a condição da sociedade; o peso da influência de cada família concorrerá para fazer subir ou descer o prato da balança.
Deve a juventude cristã exercer grande cuidado na formação de amizades e na escolha de companheiros. Cuidai, para que isso que agora julgais ser ouro puro, não se vos demonstre metal vil. As companhias profanas tendem a pôr empecilhos no caminho de vosso serviço a Deus, e muitas almas são arruinadas por uniões infelizes, quer em negócios quer no casamento, com os que não podem elevar ou enobrecer.
Pesai cada sentimento, e observai todo desenvolvimento de caráter naquele a quem pensais ligar o destino de vossa vida. O passo que estais prestes a dar é um dos mais importantes em vossa vida, e não deve ser dado precipitadamente. Se bem que ameis, não ameis cegamente.
Considerais a ver se vossa vida conjugal seria feliz ou destituída de harmonia e arruinada. Formulai a pergunta: Ajudar-me-á esta união na direção do Céu? Aumentará ela meu amor para com Deus? Ampliará ela minha esfera de utilidade nesta vida? Caso estas reflexões não apresentarem motivos de recuos, então, ide avante, no temor de Deus. [...]
A escolha do companheiro para a vida deve ser feita de molde a assegurar, aos pais e aos filhos, a felicidade física, mental e espiritual de sorte que habilite tanto os pais como os filhos a serem uma bênção aos semelhantes e uma honra ao Criador.
Qualidades a serem buscadas numa esposa — Procure o jovem, para lhe ficar ao lado, aquela que esteja habilitada a assumir a devida parte dos encargos da vida, cuja influência o enobreça e refine, fazendo-o feliz com seu amor.
“Do Senhor vem a mulher prudente”. Provérbios 19:14. “O coração do seu marido está nela confiado. [...] Ela lhe faz bem e não mal, todos os dias da sua vida. Abre a boca com sabedoria, e a lei da beneficência está na sua língua. Olha pelo governo de sua casa e não come o pão da preguiça. Levantam-se seus filhos, e chamam-na bem-aventurada; como também seu marido, que a louva, dizendo: Muitas filhas agiram virtuosamente, mas tu a todas és superior”. Provérbios 31:11, 12, 26-29. O que consegue tal esposa “acha uma coisa boa e alcançou a benevolência do Senhor”. Provérbios 18:22.
Eis algumas coisas que devem ser consideradas: Trará aquela a quem desposais, felicidade a vosso lar? É econômica, ou há de, quando casada, gastar não somente todos os seus rendimentos, mas todos os vossos, para satisfazer a vaidade, o amor da aparência? São seus princípios corretos nesse sentido? Possui ela agora alguma coisa de que possa depender? [...] Sei que no espírito de um homem absorvido pelo amor e pensamentos de casamento, estas perguntas serão varridas para longe como de nenhuma importância. Estas coisas, no entanto, devem ser devidamente consideradas, porquanto têm que ver com vossa vida futura. [...]
Em vossa escolha de uma esposa, estudai-lhe o caráter. Será ela paciente e laboriosa? Ou deixará ela de cuidar de vossa mãe e vosso pai justamente ao tempo em que eles necessitam de um filho forte em que se apoiarem? Ou há de ela afastar esse filho do convívio deles a fim de levar avante seus planos e servir a seu prazer, deixando o pai e a mãe que, em vez de ganharem uma filha afetuosa, perderam um filho?
Qualidades a serem buscadas num marido — Antes de dar a mão em casamento, deveria toda mulher indagar se aquele com quem está para unir seu destino, é digno. Qual é seu passado? É pura a sua vida? É o amor que ele exprime de caráter nobre, elevado, ou é simples inclinação emotiva? Tem os traços de caráter que a tornarão feliz? Poderá ela encontrar verdadeira paz e alegria na afeição dele? Ser-lhe-á permitido, a ela, conservar sua individualidade, ou terá de submeter seu juízo e consciência ao domínio do marido? Como discípula de Cristo, ela não pertence a si mesma, foi comprada por preço. Pode honrar as reivindicações do Salvador como supremas? Serão conservados puros e santos o corpo e a alma, os pensamentos e propósitos? Essas perguntas têm influência vital sobre o bem-estar de toda mulher que se casa.
Que a mulher que deseja uma união pacífica e feliz, que quer escapar a futuras misérias e tristezas, indague, antes de entregar suas afeições: Tem meu pretendente mãe? Que espécie de caráter tem ela? Reconhece ele suas obrigações para com ela? É ele atencioso para com os seus desejos e sua felicidade? Se ele não respeita nem honra a mãe, porventura manifestará respeito e amor, bondade e atenção para com a esposa? Passada a novidade do casamento, continuará a amar-me? Será paciente com os meus erros, ou crítico, despótico e ditatorial? A afeição verdadeira passará por alto muitos erros; o amor não os distinguirá.
Receba a jovem como companheiro vitalício tão-somente ao que possua traços de caráter puros e varonis, que seja diligente, honesto e tenha aspirações, que ame e tema a Deus.
Evitai os que são irreverentes. Evitai aquele que ama a ociosidade: evitai o que for zombador das coisas sagradas. Esquivai-vos à companhia daquele que usa linguagem profana, ou é dado ao uso de um copo que seja de bebida alcoólica. Não escuteis as propostas de um homem que não tem percepção de sua responsabilidade para com Deus. A verdade pura que santifica a alma, dar-vos-á coragem para vos desvencilhardes da mais aprazível relação de amizade com quem sabeis que não ama nem teme a Deus. nem conhece nada acerca dos princípios da verdadeira justiça. Podemos suportar sempre as fraquezas de um amigo e sua ignorância, porém nunca seus vícios. [...]
O amor é um precioso dom de Jesus — É o amor um dom precioso, que recebemos de Jesus. A afeição pura e santa não é sentimento, mas princípio. Os que são movidos pelo amor verdadeiro não são irrazoáveis nem cegos.
Pouco é o amor real, genuíno, devotado e puro. Este precioso artigo é muito raro. A paixão recebe o nome de amor.
O verdadeiro amor é um princípio elevado e santo, inteiramente diferente em seu caráter daquele amor que se desperta por um impulso e que subitamente morre quando severamente provado.
O amor é uma planta de origem celestial, e precisa ser cultivada e nutrida. Corações afetivos, palavras verdadeiras, amoráveis, farão famílias felizes e exercerão influência própria para elevar em todos quantos entram na esfera dessa influência. [...]
Ao passo que o amor puro introduzirá a Deus em todos os seus planos e estará em perfeita harmonia com o Espírito de Deus, a paixão será obstinada, precipitada, irrazoável, desafiadora de toda restrição, e tornará o objeto de sua escolha um ídolo. Em toda a conduta de uma pessoa possuída de amor verdadeiro, manifestar-se-á o amor de Deus. Modéstia, simplicidade, sinceridade, moralidade e religião caracterizam todo passo no sentido do casamento. Os que são assim regidos não se absorvem na companhia um do outro com detrimento do interesse nas reuniões de oração e de culto. Seu fervor na verdade não perece pela negligência das oportunidades e privilégios que Deus graciosamente lhes deu.
O amor que não se baseia senão em mera satisfação sensual, será obstinado, cego, incontrolável. A honra, a verdade, toda nobre e elevada faculdade do espírito são levadas cativas das paixões. O homem preso nas cadeias dessa insensatez fica muitas vezes surdo à voz da razão e da consciência; nem argumentos nem súplicas o podem levar a ver a loucura de sua conduta.
O amor verdadeiro não é uma paixão forte, ardente, impetuosa. Ao contrário, é calmo e profundo em sua natureza. Olha para além das coisas meramente exteriores, sendo atraído unicamente pelas qualidades. É sábio e apto a discriminar, e sua dedicação é real e permanente.
O amor, erguido acima do domínio da paixão e do impulso, espiritualiza-se, e revela-se em palavras e atos. O cristão deve ter uma ternura e um amor santificados, em que não há impaciência ou irritação; as maneiras rudes, ásperas, precisam ser abrandadas pela graça de Cristo. [...]
Oração e estudo da Bíblia, antes de tomar uma decisão correta — Instituído por Deus, o casamento é uma ordenança sagrada, e nunca se deve entrar nele em espírito de egoísmo. Aqueles que pensam em dar esse passo, devem considerar-lhe solenemente e com oração a importância, e buscar conselho divino a fim de saberem se estão seguindo uma direção em harmonia com a vontade de Deus. A instrução dada na Palavra de Deus a esse respeito deve ser cuidadosamente considerada. O Céu contempla com prazer o casamento formado com sincero desejo de conformar-se com as direções dadas na Escritura. Se há qualquer assunto que deveria ser considerado com calma reflexão e juízo desapaixonado, é este o assunto do casamento. Se há tempo em que se necessita da Bíblia como uma conselheira, é antes de dar um passo que ligue pessoas por toda a vida. Mas a idéia predominante é a de que nesta questão os sentimentos é que devem ser o guia; e, em muitíssimos casos, o apaixonado sentimentalismo toma as rédeas e leva à ruína certa. É aqui que os jovens mostram menos inteligência do que em qualquer outro assunto; é aqui que se recusam a ouvir razões. A questão do casamento parece ter sobre eles um poder enfeitiçante. Não se submetem a Deus. Seus sentidos se acham como que acorrentados, e eles seguem seu caminho com certo segredo, como se temessem que seus planos fossem contrariados por alguém.
Muitos estão navegando em perigoso porto. Precisam de um piloto; desdenham, no entanto, receber o tão carecido auxílio, julgando que são competentes para dirigir seu barco, e não reconhecendo que ele está prestes a dar num recife oculto, o qual lhes poderá causar o naufrágio da fé e da felicidade. [...] A menos que sejam diligentes estudantes dessa Palavra, cometerão erros graves, os quais lhes mancharão a sua felicidade e a de outros, tanto para a vida presente como para a futura.
Se homens e mulheres têm o hábito de orar duas vezes ao dia antes de pensar em casamento, devem fazê-lo quatro vezes quando pensam em dar esse passo. O casamento é uma coisa que influenciará e afetará vossa vida, tanto neste mundo como no futuro. [...]
A maioria dos casamentos do nosso tempo, e a maneira em que se realizam, tornam-nos um dos sinais dos últimos dias. Os homens e as mulheres são tão persistentes, tão obstinados, que deixam Deus fora de questão. Põem de lado a religião, como se ela não tivesse parte a desempenhar nessa solene e importante questão. [...]
Conselho de Deus para pais piedosos — Uma vez que o casamento traz em resultado tanta miséria, por que não teriam os jovens prudência? Por que continuariam a julgar que não precisam de conselho dos mais idosos e mais experientes? Nos negócios, os homens e as mulheres manifestam grande cautela. Antes de se meterem em qualquer empreendimento de importância, preparam-se para essa obra. Tempo, dinheiro e muito cuidadoso estudo, são devotados ao assunto, não aconteça que venham a fracassar em seu empreendimento.
Quanto maior cautela deveria ser exercida ao entrar para a relação matrimonial — relação que afeta as gerações futuras e a vida por vir? Em vez disto, é muitas vezes iniciada com gracejos e leviandade, impulso e paixão, cegueira e falta de calma consideração. A única explicação é que Satanás gosta de ver miséria e ruína no mundo, e tece esta rede para enredar as pessoas. Regozija-se por ver essas pessoas imprudentes perderem as vantagens deste mundo e seu lar no mundo vindouro.
Deverão os filhos consultar tão-somente seus próprios desejos e inclinações, independentemente do conselho e juízo dos pais? Alguns parecem não dispensar nunca uma reflexão aos desejos ou preferências dos pais, nem tomar em consideração seu amadurecido discernimento. O egoísmo fechou-lhes a porta do coração para a afeição filial. O espírito dos jovens precisa ser despertado quanto a este assunto. O quinto mandamento é o único ao qual se acha ligada uma promessa; mas é considerado levianamente, e mesmo positivamente desprezado pelas exigências de um namorado. A desconsideração para com o amor de uma mãe, e desonra da solicitude de um pai. são pecados que se encontram registrados contra muitos jovens.
Um dos maiores erros ligados a este assunto é a idéia de que os jovens e inexperientes não devem ser perturbados em suas afeições, que não deve haver nenhuma interferência em sua experiência amorosa. Se já houve um assunto que devesse ser considerado de todos os pontos de vista, é este. O auxílio da experiência de outros, e o calmo e cuidadoso pesar da questão em ambos os lados, é positivamente indispensável. É um assunto que é pela grande maioria de pessoas tratado com muita, mas muita leviandade. Consultai a Deus e a vossos pais tementes a Deus, jovens amigos. Orai sobre o assunto. [...]
“Devem os pais”, perguntais, “escolher o companheiro sem atenção para com o espírito ou os sentimentos do filho ou da filha?” Eu vos dirijo a pergunta como ela deveria ser: Deve um filho ou uma filha escolher um companheiro sem primeiro consultar os pais, quando tal passo pode afetar grandemente a felicidade dos pais, uma vez que tenham algum afeto a seus filhos? E deve esse filho, não obstante o conselho de seus pais, persistir em seguir seu próprio caminho? Respondo positivamente: Não: não, mesmo que ele nunca se haja de casar. O quinto mandamento proíbe tal orientação. “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá”. Êxodo 20:12. Eis um mandamento com uma promessa que o Senhor certamente cumprirá aos que obedecem. Os pais prudentes nunca escolherão para seus filhos companheiros sem o respeito para com os desejos deles. — O Lar Adventista, 43-48, 50, 51, 70-73, 75.
Pais e mães devem sentir que se lhes impõe o dever de guiar as afeições dos jovens, a fim de que possam ser colocadas naqueles que hajam de ser companheiros convenientes. Devem sentir como seu dever, pelo seu próprio ensino e exemplo com a graça auxiliadora de Deus, modelar de tal maneira o caráter de seus filhos desde os seus mais tenros anos, que sejam puros e nobres, e sejam atraídos para o bem e para o verdadeiro. Os semelhantes atraem os semelhantes; os semelhantes apreciam os semelhantes. Que o amor pela verdade, pureza e bondade seja cedo implantado na alma, e o jovem procurará a companhia daqueles que possuem essas características. — O Lar Adventista, 74.
Cuidados para quem está pensando em casar — A juventude confia demais no impulso. Não deve entregar-se demasiado facilmente, nem deixar-se cativar muito depressa pelo atraente exterior do pretendente. O namoro, tal como é seguido hoje, é um artifício de engano e hipocrisia, com o qual o inimigo das almas tem muito mais que ver do que o Senhor. Se há coisa em que seja necessário o bom senso, é essa; mas o fato é que ele é pouco exercitado nesse assunto. — O Lar Adventista, 55.
A imaginação, o sentimentalismo amoroso, devemos guardar-nos deles como da lepra. Muitos, muitos dos rapazes e moças nesta época do mundo, carecem de virtude; portanto é necessário haver muita cautela. [...] Os que conservaram um caráter virtuoso, se bem que faltem em outras qualidades desejáveis, podem ser de real valor moral. [...]
Há muito desse baixo sentimentalismo de mistura com a vida religiosa dos jovens desta época do mundo. Minha irmã, Deus requer que te transformes. Eleva tuas afeições, eu te imploro. Consagra tuas faculdades mentais e físicas ao serviço de teu Redentor, que te comprou. Santifica teus pensamentos e sentimentos, para que todas as tuas obras sejam operadas em Deus. [...]
Os anjos de Satanás estão de vigia aos que passam grande parte da noite namorando. Fossem os seus olhos abertos, e veriam um anjo a fazer o relatório de suas palavras e atos. As leis da saúde e da modéstia são violadas. Seria mais próprio deixar algumas horas do namoro antes do casamento para a vida de casados. Mas em geral o casamento acaba com toda devoção manifestada durante os dias do noivado. [...]
Satanás sabe exatamente com que elementos tem de tratar, e emprega sua infernal sabedoria em vários ardis, a fim de enlaçar almas para a ruína. Observa cada passo que se dê, e faz muitas sugestões, e muitas vezes estas sugestões são seguidas de preferência ao conselho da Palavra de Deus. Essa rede perigosa, bem tecida, é habilmente preparada para apanhar os jovens e desprevenidos. Pode achar-se muitas vezes disfarçada sob um manto de luz; mas os que se tornam suas vítimas traspassam-se a si mesmos com muitas dores. Em resultado, vemos ruínas humanas por toda parte.
Conduta inadequada — Brincar com corações não é um crime de pequena magnitude aos olhos de um Deus santo. E todavia alguns mostrarão preferência por moças e lhes despertarão as afeições, e depois vão-se embora e esquecem tudo quanto disseram e o efeito que isto causou. Um novo rosto os atrai, e eles repetem as mesmas palavras, dispensam a outra as mesmas atenções.
Essa disposição se manifestará na vida de casados. A relação conjugal não torna sempre firme o espírito volúvel, constante o que vacila, e fiel aos princípios. Eles se cansam da constância, e os pensamentos profanos se manifestarão em profanas ações. Quão essencial é, pois, que os jovens de tal modo cinjam os lombos de seu espírito e cuidem de seu proceder de modo que Satanás não os possa iludir para se desviarem do caminho da justiça!
O jovem que anda em companhia de uma jovem e capta a sua amizade sem conhecimento dos pais dela, não desempenha um nobre papel cristão para com a moça nem para com os pais dela. Por meio de comunicações e encontros secretos poderá ele conseguir influência sobre o espírito dela; mas assim fazendo, deixa ele de manifestar aquela nobreza e integridade de alma que possuirá todo filho de Deus. Para conseguir os seus fins, desempenham um papel que não é franco e aberto nem de acordo com a norma bíblica e demonstrando-se infiéis para com aqueles que os amam e se esforçam por ser seus fiéis responsáveis. Casamentos contratados sob tais influências não estão de acordo com a Palavra de Deus. Aquele que quer desviar do dever a uma filha, querendo confundir as suas idéias acerca das claras e positivas ordens de Deus de obedecer e honrar aos pais, não é a pessoa que seria fiel às obrigações matrimoniais. [...]
“Não furtarás” (Êxodo 20:15), foi escrito pelo dedo de Deus sobre as tábuas de pedra; no entanto, quantos furtos clandestinos de afeições não são praticados e desculpados! Mantém-se um namoro enganoso, seguem-se comunicações privadas, até que as afeições de uma pessoa inexperiente e que não sabe até que ponto se podem desenvolver essas coisas, são em certa medida desviadas dos pais e dedicadas ao que demonstra, pelo seu procedimento, que é indigno de seu amor. A Bíblia condena toda espécie de desonestidade. [...]
Cristãos professos, cuja vida é assinalada pela integridade, e que parecem sensatos em todos os outros assuntos, neste cometem terríveis erros. Manifestam uma vontade firme, resoluta, a qual a razão não pode mudar. Tornam-se tão fascinados pelos sentimentos e impulsos humanos que não têm o desejo de examinar a Bíblia e entrar em comunhão íntima com Deus. Quando se transgride um dos mandamentos do Decálogo, são quase certos os passos em descida. Uma vez removidas as barreiras da modéstia feminina, as mais baixas licenciosidades não parecem excessivamente pecaminosas. Ai! que terríveis resultados da influência da mulher para o mal se podem hoje testemunhar no mundo! Pelas seduções das “mulheres estranhas” (1 Reis 11:1), há milhares encarcerados nas celas das prisões, muitos tiram a própria vida, e outros tantos tiram a vida do próximo. Quão verdadeiras as palavras da Inspiração: “Os seus pés descem à morte; os seus passos firmam-se no inferno”. Provérbios 5:5.
Acham-se colocados a todo lado no caminho da vida faróis de advertência a fim de impedir os homens de se aproximarem de terrenos perigosos e proibidos; não obstante, multidões preferem o caminho fatal, contrário aos ditames da razão, sem consideração para com a lei de Deus, e em desafio a Sua vingança.
Os que quiserem conservar a saúde física, vigor intelectual e moral sã precisam fugir “dos desejos da mocidade”. 2 Timóteo 2:22. Os que fizerem zelosos e decididos esforços para combater a impiedade que levanta a cabeça ousada e presunçosa em nosso meio, são odiados e difamados pelos malfeitores, mas serão honrados e recompensados por Deus. — O Lar Adventista, 51, 53, 56-59.
Ellen G. White, Conselhos para a Igreja, Capítulo 18.

Por que não é bom namorar em jugo desigual?



Aqueles que trabalham com aconselhamento para jovens e adolescentes já perceberam que existem algumas temáticas que estão ficando cada vez mais frequentes: estilos de música, depressão, masturbação, bebidas alcoólicas, divertimentos, sexo antes do casamento, entre outros.
Um desses “outros” temas muito discutido e, infelizmente, presente em grande parte de nossas congregações é o JUGO DESIGUAL, ou seja, o namoro, noivado ou casamento de um Adventista com um não-Adventista, apesar dos frequentes apelos e orientações enviadas às igrejas, através dos livros, revistas, lições e demais publicações voltadas ao público jovem. Parece que, em matéria de “coração”, não damos muita atenção ao “Assim diz o Senhor”. A água se mistura com o óleo? As leis naturais dizem que não!
É comum ouvirmos expressões do tipo:
“Na igreja não há bons rapazes para se namorar”.
“As meninas são muito inconstantes”.
“Meu(minha) namorado(a) não é Adventista, mas é mais cristão(ã) do que muitos Adventistas que conheço”.
“Já procurei mas não encontrei ninguém que me atraia na igreja”.
“Ele(a) é super compreensivo, e não me impede de viver a minha fé”.
“Eu tenho certeza que ele(a) se converterá futuramente”.
“Eu conheço um casal que casou em jugo desigual, mas depois ele(a) se converteu e hoje vivem felizes na igreja”.
E por ai vai…
Este tema é muito importante, pois é uma das maiores causas de apostasia entre os jovens Adventistas da atualidade. Portanto, é necessário que ele seja amplamente debatido e os jovens recebam o devido aconselhamento para que tenham relacionamentos saudáveis, duradouros e fundamentados na Palavra de Deus – nossa FONTE de fé e prática. Não basta apenas “disciplinar”, mas é importante que os jovens sejam constantemente orientados sobre o assunto, inclusive com a apresentação de testemunhos.
Em 2003, quando realizei um trabalho evangelístico na cidade de Maceió-AL, conheci uma jovem senhora que, na época, já fazia 22 anos que estava casada, e me falou que NUNCA havia sido feliz em seu casamento. O motivo? Jugo desigual…
Ela era uma jovem atuante na igreja, nascida em lar Adventista, mas que se deixou influenciar por uma “paixão” da adolescência, que transformou-se em namoro, noivado e… casamento. Seu esposo, desde o início, demonstrou que não era um “bom partido”, mas ela me disse que parecia estar “cega” aos sinais que Deus lhe enviava constantemente. O resultado? Uma vida inteira de infelicidade, traições (por parte dele) e declínio na fé, e agora com os filhos…
Devido ao fato de o número de mulheres ser bem superior ao de homens em nossas congregações, parece que as jovens estão mais sujeitas a enveredarem pelos caminhos tortuosos e perigosos do jugo desigual. Por isso, os líderes (pastores, anciãos, diretores de jovens, etc.) precisam atentar para uma “lacuna” que existe em alguns lugares, no sentido de que não são promovidos encontros, seminários, eventos, etc., que permitam aos jovens Adventistas conhecerem outros solteiros dentro dos nossos “arraiais”. A Internet tem ajudado para encurtar distâncias, mas, como eu disse recentemente a uma jovem que me procurou para aconselhamentos neste sentido, todo homem na Internet é rico, bonito, inteligente, romântico, respeitador, etc… Portanto, queridas jovens, cuidado! rsrs
1. O Jugo Desigual
A Bíblia contém amplos conselhos que orientam a uma boa escolha do parceiro para a vida. Em 2Co 6:14 encontra-se um excelente e clássico exemplo: “não vos prendais ao jugo desigual com os incrédulos”.
Já na época de Abraão, havia preocupação por parte dos pais religiosos sobre este assunto (Gên. 24:3). O Comentário Adventista (CBASD) diz que “a demora em fazer planos para o casamento de Isaque, provavelmente se devia ao desejo de Abraão, em evitar que seu filho tomasse por esposa uma Cananéia”. Semelhantemente, Isaque pediu a Jacó para não tomar “esposa de entre as filhas de Canaã” (Gên. 28:1) pois, “ele não as via com bons olhos” (Gên. 28:8). Posteriormente, após o êxodo, Deus proíbe Seus filhos de contraírem matrimônio com as filhas das outras nações (Deut. 7:3), porque, “não pode haver felicidade nem segurança nas alianças feitas com os que não amam nem servem a Deus. As trágicas experiências de Esaú (Gên. 26:34, 35) e Sansão (Jz 14:1) são testemunho eloquente em favor da admoestação divina de manter-se separados dos incrédulos” (CBASD).
Avançando ao Novo Testamento, observar-se-á que Paulo também coloca a impossibilidade de ligação entre o santuário de Deus e os ídolos, por isso, um acordo, casamento ou uma aliança entre crentes e incrédulos é igualmente inconcebível. Pois, “quando se trata de uma relação tão estreita como o matrimonio, o cristão que verdadeiramente ama ao Senhor, em nenhuma circunstância se unirá com um incrédulo, mesmo que tenha a nobre esperança de ganhá-lo para Cristo, o que emoutras circunstancias seria digno de elogio” (CBASD) – grifos meus.
É bom lembrar que “jugo desigual” significa uma “diferença de padrão” entre o casal, ou seja, também entre dois Adventistas ele pode ocorrer: idades muito diferentes, nível social muito diferente, escolaridade muito diferente, ideais de vida muito diferentes, etc.
2. Vitimas do Jugo Desigual
Ellen White também afirma que “o corpo deve ser o servo da mente, não a mente a serva do corpo” (Patriarcas e Profetas, pág. 562). Esse principio é fundamental na escolha de um(a) namorado(a), pois “houvesse Sansão obedecido às ordens divinas tão fielmente como fizeram seus pais, e seu destino teria sido mais nobre e mais feliz” , no entanto “uma jovem que habitava na cidade filistéia de Timna, conquistou as afeições de Sansão e ele decidiu fazer dela sua esposa. A seus pais tementes a Deus, que se esforçavam por dissuadi-lo de seu propósito, sua única resposta era: ela agrada os meus olhos. os pais finalmente aderiram aos seus desejos, e realizou-se o casamento” (Idem).
“Em sua festa nupcial foi levado sansão à associação familiar com os que odiavam a Deus. Quem quer que voluntariamente entre para uma relação tal, sentirá a necessidade de se conformar até certo ponto com os hábitos e costumes de seus companheiros… Quantas vezes se efetuam casamentos entre os que são tementes a Deus e os ímpios, porque a inclinação governa a escolha de marido e mulher!” (Idem, pág. 563).
Se o namoro em jugo desigual evolui para um casamento, como os filhos serão criados? Tomarão café ou cevada? Irão à escola dominical, sabatina, centro espírita ou à catequese? Comerão feijoada (mistura de “feijão” com “porcaiada”)? Acreditarão em fantasmas ou no sono da morte? No por-do-sol da sexta estarão no culto da família ou assistindo Malhação? No sábado à tarde estarão na classe bíblica do juvenis ou na “pelada” com o papai? Etc… Etc… Etc…
3. O que diz o Espírito de Profecia?
De acordo com Ellen White, “seja todo passo em direção da aliança matrimonial caracterizado pela modéstia, simplicidade, e sincero propósito de agradar e honrar a Deus. O casamento afeta a vida futura tanto neste mundo como no vindouro. O cristão sincero não fará planos que Deus não possa aprovar” (Ciência do Bom Viver, pág. 359).
É indispensável observar esses pontos, pois “é da hora de seu enlace matrimonial que muitos homens e mulheres datam seu êxito ou fracasso nessa vida, e suas esperanças de existência futura” (O Lar Adventista, pág. 43). Lembra-se do exemplo da irmã lá de Maceió?!
“Procure para lhe ficar ao lado, aquela [jovem] que esteja habilitada a assumir a devida parte dos encargos da vida, cuja influencia o enobreça e refine, fazendo-o feliz com seu amor” (Idem, pág. 45-46).
“Trará aquela a quem desposais, felicidade ao vosso lar? É econômica, ou há de quando casada, gastar não somente todos os rendimentos dela, mas todos os vossos, para satisfazer a vaidade, o amor da aparência? São seus princípios corretos nesse sentido?” (Idem, pág. 46).
“Receba a jovem como companheiro vitalício tão-somente ao que possua traços de caráter puros e varonis, que seja diligente, honesto e tenha aspirações, que ame e tema a Deus” (CBV, pág. 359).
“Evitai aquele que ama a ociosidade; evitai o que for zombador das coisa sagradas”, [pois] “Deus não dá Sua sanção a uniões que Ele proibiu expressamente” (cf. Lar Adventista, pág. 47 e 61).
4. O Namoro que Deus Aprova
O namoro é um passo importante na escolha, desde que seja seguido corretamente, pois “o modo secreto pelos quais se fazem namoros e casamentos é a causa de grande quantidade de miséria, da qual só Deus conhece a completa extensão” (Fund. Educação Cristã, pág. 103) .
“O jovem que anda em companhia de uma jovem e capta a sua amizade sem o conhecimento dos pais dela, não desempenha um nobre papel cristão para com a moça e seus pais… casamentos contratados sob tais influências não estão de acordo com a palavra de Deus” (Mens. Jovens, pág. 57-58).
“Os namoros e casamentos imprudentes, profanos não podem deixar de dar em resultado disputas, contendas, condescendência com irrefreadas paixões, na infidelidade de maridos e esposas, na indisposição para refrear os desejos voluntários desordenados, e na indiferença para com as coisas de interesse eterno” (Lar Adventista, pág. 53).
“[No namoro] os filhos de Deus não devem nunca se aventurar a pisar terreno proibido. O casamento entre crentes e incrédulos é proibido por Deus. Mas muitas das vezes o coração não convertido segue seus próprios desejos, e formam-se casamentos não sancionados por Deus. Por causa disso muitos homens e mulheres estão sem esperança e sem Deus no mundo” (Fund. Ed. Cristã, pág. 500).
Adaptado de materiais de autoria desconhecida
Conclusão
Se você já casou em jugo desigual, então “carregue sua cruz” e ore para que o Espírito Santo abrande o coração não-convertido do seu cônjuge.
Se ainda não casou, não endureça os ouvidos à voz do Espírito, e não trilhe caminhos que outros já trilharam e FRACASSARAM. Não se iluda! O(a) namorado(a) compreensivo(a) e tolerante acabará se tornando um(a) marido(esposa) incompreensivo(a) e intolerante, que já não permitirá que você viva sua fé com alegria e liberdade.
“Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? (2Cor. 6:14-15).
Lembre-se que “incrédulos” não são, apenas, aqueles que não crêem em Deus, mas também aqueles que crêem de uma forma deturpada, que acreditam em doutrinas fundamentadas em tradições humanas (por exemplo: santidade do domingo e imortalidade da alma), e que desprezam as advertências que o Senhor concedeu ao Seu povo nestes últimos dias.


Laços de amor


27-rosa-bTEMPO DE REFLETIR – 27 de janeiro de 2014
“Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor.” Oséias 11:4
Amor é a palavra que melhor define o caráter e personalidade de nosso Deus e Criador. “Deus é amor” e, portanto, Ele ama. Ele ama a tudo e a todos.
Mas, quais são os grandes amores de Deus? Será que Ele ama mais a uns que a outros? Ele ama a Natureza que criou, incluindo os pássaros, os animais, o homem. Deus ama Seus anjos e os habitantes dos outros mundos… Porém, quando o pecado entrou em nosso mundo, Ele sentiu e sente ainda um amor muito maior por todos nós.
Infelizmente, o mundo está cheio de ideias erradas a respeito de Deus: alguns dizem que Ele é um severo juiz, que sem misericórdia envia os maus para o inferno e os bons para o Céu; outros creem que, se Deus é amor, é tão bom que acabará perdoando a tudo e a todos; há os que acusam Deus da existência do pecado e de toda a dor, sofrimento e morte que sofremos, e alguns chegam à petulância de dizer que Deus não existe, que está morto!
Mas a verdade é que Deus existe e não é nada disso que outros pensam. Quando estudamos de Deus em relação à vida de Jesus, Seu Filho, evidenciamos que o amor é o móvel de Sua existência, e a salvação do homem, com a reabilitação de tudo o que foi criado e perdido, o grande alvo de todo o Seu plano de redenção. Tudo nos mostra que o homem, quando pecou no Éden, foi a grande preocupação de Deus, o Seu grande dilema: o que fazer com o pecador? Como poderá ele ser salvo? Aceitaria o homem o plano de salvação?
Sim, Deus estava num dilema, se assim for permitido nos expressarmos. Mas o Senhor Deus tinha a resposta: a cruz, Seu Filho tomando a forma humana e morrendo na cruz. Ao ir ao jardim naquela tarde, Deus foi decidido a adotar o homem como Seu filho e a convidá-lo como filho pródigo que era agora, a voltar arrependido aos braços de amor do pai. (Lucas 15:11)
Ao tomar tal decisão e ao Adão aceitar o Seu Plano, Deus revelou seu grande amor pelo ser humano. Mesmo em meio aos sofrimentos que resultam do pecado, revela-se ainda o amor de Deus.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Suécia recusa Jogos de 2022 para não usar dinheiro público


País sério é outra coisa
Em votação entre os partidos políticos na semana passada, com apoio até do prefeito da cidade, os suecos optaram por não se candidatar à disputa para receber o evento. Os argumentos? A cidade tem prioridades mais importantes, a conta para organizar os jogos seria alta demais e um eventual prejuízo teria de ser coberto com dinheiro público. Para os partidos, aceitar os jogos seria “especular com o dinheiro do contribuinte”. O primeiro-ministro Fredrik Reinfeldt também se mostrou contra. “Não posso recomendar à Assembleia Municipal que dê prioridade à realização de um evento olímpico. Temos outras necessidades, como a construção de mais moradias”, disse o prefeito Sten Nordin, em declarações publicadas pelo jornal Dagens Nyheter e reproduzidas pela BBC. No jornal Dagens Nyheter, o secretário municipal de Meio Ambiente de Estocolmo, Per Ankersjö, escreveu um artigo defendendo a decisão.

“Os cidadãos que pagam impostos exigem de seus políticos mais do que previsões otimistas e boas intuições [sobre o orçamento]. Não é possível conciliar um projeto de sediar os Jogos Olímpicos com as prioridades de Estocolmo em termos de habitação, desenvolvimento e providência social”, disse.

A cidade tinha apresentado seu plano em novembro de 2013. Em fevereiro, a cidade russa de Sochi receberá os jogos desse ano. Os de 2018 serão em Pyeongchang, na Coreia do Sul.


Nota: Tem horas que dá uma “inveja” de países sérios... Aliás, no Brasil, este é um ano ideal para políticos corruptos e que só pensam nas eleições seguintes e na sua permanência no poder (leia-se: sugando as tetas do Estado). Depois do Carnaval vem a Copa do Mundo, e se a nossa seleção for a campeã, aí, sim, o êxtase será total. Como o pão já está garantido (mesmo com os bilhões desviados nas obras), o circo levará o povo ao delírio. Massa fácil de ser conduzida... [MB]

Manifestações na Copa: terrorismo?


Cadeia para os "terroristas"?
De autoria dos senadores Marcelo Crivella (PRB/RJ), Ana Amélia (PP/RS) e Walter Pinheiro (PT/BA), o PL 728/2011, cuja votação está sendo apressada no Congresso, prevê limitações ao direito à greve, além de considerar atos de manifestações, sob determinadas circunstâncias, terrorismo. De acordo com a ementa - parte do texto em que se resume a proposta -, o projeto “define crimes e infrações administrativas com vistas a incrementar a segurança da Copa das Confederações FIFA de 2013 e da Copa do Mundo de Futebol de 2014, além de prever o incidente de celeridade processual e medidas cautelares específicas, bem como disciplinar o direito de greve no período que antecede e durante a realização dos eventos, entre outras providências”.

Dispõe o art. 4º: “Provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa à integridade física ou privação da liberdade de pessoa, por motivo ideológico, religioso, político ou de preconceito racial, étnico ou xenófobo: Pena – reclusão, de 15 (quinze) a 30 (trinta) anos.

§1º Se resulta morte:
Pena – reclusão, de 24 (vinte e quatro) a 30 (trinta) anos.
§2º As penas previstas no caput e no §1º deste artigo aumentam-se de um terço, se o crime for praticado:
I – contra integrante de delegação, árbitro, voluntário ou autoridade pública ou esportiva, nacional ou estrangeira;
II – com emprego de explosivo, fogo, arma química, biológica ou radioativa;
III – em estádio de futebol no dia da realização de partidas da Copa das
Confederações 2013 e da Copa do Mundo de Futebol;
IV – em meio de transporte coletivo;
V – com a participação de três ou mais pessoas.
§3º Se o crime for praticado contra coisa:
Pena – reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos.
§4º Aplica-se ao crime previsto no §3º deste artigo as causas de aumento da pena de que tratam os incisos II a V do §2º.
§5º O crime de terrorismo previsto no caput e nos §§1º e 3º deste artigo é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.”

Neste ponto, cabe ressaltar a abertura do tipo penal, de forma que muitas condutas podem ser nele enquadradas. O fechamento de uma via pode ser considerado privação da liberdade de pessoa, considerando-se que ela terá, em certa medida, sua liberdade de ir e vir cerceada por uma manifestação que bloqueie uma via de acesso?

Como motivação ideológica ou política, pode-se enquadrar a aversão a possíveis gastos excessivos e à corrupção e ao superfaturamento ocorrido nas obras voltadas aos citados eventos esportivos? Por que a motivação ideológica, justificativa apresentada para tais atos, deveria constituir um agravante, isto é, algo que enquadre a conduta no tipo penal?

O que seria considerado “infundir terror ou pânico generalizado”? Seria possível enquadrar manifestações de enorme vulto, que somem centenas de milhares de pessoas contrárias a determinado evento, atrapalhando a sua realização ou, indiretamente, coibindo a presença de pessoas no mesmo?

Caso, em manifestações pacíficas, alguns sujeitos, inclusive infiltrados por opositores aos protestos, iniciem depredações, haverá uma preocupação em distinguir participantes pacíficos? Em que medida esta lei poderá causar medo entre ativistas, considerando-se que, caso estejam em uma manifestação legítima e pacífica, poderão ser “envolvidos” em crimes que poderão atingir pena de até 30 anos?

Na justificativa, está escrito que “a tipificação do crime ‘terrorismo’ se destaca, especialmente pela ocorrência das várias sublevações políticas que testemunhamos ultimamente, envolvendo nações que poderão se fazer presentes nos jogos em apreço, por seus atletas ou turistas”. Conforme o dicionário Michaelis, define-se sublevação como “incitar à revolta, insurrecionar, revolucionar [...] revoltar-se”.

Há discussões jurídicas quanto à violação do art. 5º, inciso XVI, da Constituição Federal de 1988, o qual afirma que “todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente”.

Ademais, critica-se a desproporcionalidade da punição ao “vandalismo”, o qual, ainda que reprovável, poderia acarretar sanção superior à cabível ao crime de homicídio, punível com pena de 6 a 20 anos.


Nota: Vai chegar o tempo em que publicar algo contra o status quo ou pregar um sermão será considerado “terrorismo”. E os culpados serão os “fundamentalistas”, claro. [MB]