Olhando para a prateleira “não-toque”, explicou: “Estes ainda não foram queimados”. O oleiro esclareceu-nos, então, que, para se fazer uma obra-prima era preciso mais que transformar bolhas em belas formas. Se ele parece naquele ponto, os vasos seriam rapidamente deformados e arruinados. Sem o fogo, a obra do oleiro ainda é bela; porém, frágil demais.
Os outros vasos podiam ser tocados porque haviam sido cozidos no forno duas vezes, numa temperatura de mais de dois mil graus centígrados! “O fogo torna o barro firme e forte”, concluiu o nosso anfitrião. “O fogo faz a beleza durar”.
Isso foi o gatilho. Meus pensamentos dispararam até as palavras de Pedro: “Sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo” (1 Pe 1:6 e 7).
Tanto Pedro como o oleiro falavam-me de um fogo que aumenta o valor de algo precioso. Ao passar minha fase adulta num forno – uma fornalha da aflição, para ser exato – conheço o fogo. Muito dele pode ser visto em minha agenda superaquecida e em meu estilo de vida super comprometido. Este calor era falta minha mesmo.
Contudo, há outro fogo que provém, não de mim, mas do Supremo Oleiro. Existe, de fato, um fogo que queima, e outro que embeleza. (Extraído da obra Peaceful Living in a Stressful World, de Ron Hutchcraft).
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