AQUI ESTÁ A PERSEVERANÇA DOS SANTOS, OS QUE GUARDAM OS MANDAMENTOS DE DEUS E A FÉ EM JESUS. AP.14:12


segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Meditação do Dia

Preparando-se para o céu

TEMPO DE REFLETIR – 30 de dezembro de 2013
Puseram-lhe, pois, sobre a cabeça um turbante limpo e o vestiram com trajes próprios. Zacarias 3:5
À medida que nos aproximamos dos perigos dos últimos dias, as tentações do inimigo tornam-se mais fortes e mais decididas. Satanás desceu com grande poder, sabendo que seu tempo é curto. Ele está operando “com todo engano de injustiça aos que perecem” (2Ts 2:10). Por meio da Palavra de Deus, é feita a nós a advertência de que, se fosse possível, ele enganaria os próprios eleitos.
Maravilhosos acontecimentos logo se desdobrarão perante o mundo. O fim de todas as coisas está próximo. O tempo de angústia está prestes a sobrevir ao povo de Deus. É então que sairá o decreto proibindo os que guardam o sábado do Senhor de comprar ou vender, e ameaçando-os de punição e mesmo de morte, se não observarem o primeiro dia da semana como o sábado. [...]
No tempo de angústia, Satanás instiga os ímpios, e eles cercam o povo de Deus para destruí-lo. Mas não sabe que foi escrito “perdão” ao lado de seus nomes nos livros do Céu. Não sabe que foi dada a ordem: “Tirai-lhes as vestes sujas”, cobri-os de “outras vestes” e colocai neles “um turbante limpo sobre a cabeça” (Zc 3:4, 5).
Embora falemos da necessidade de nos separarmos do pecado, devemos nos lembrar de que Cristo veio ao nosso mundo para salvar pecadores, e que “também pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a Deus”. É nosso privilégio crer que Seu sangue pode nos purificar de toda mancha e mácula de pecado. Não devemos limitar o poder do Santo de Israel.
O Senhor quer que nos acheguemos a Ele assim como estamos: pecaminosos e corruptos. Seu sangue é eficaz. Rogo a vocês que não entristeçam Seu Espírito, continuando em pecado. Se caírem em tentação, não fiquem desanimados. Essa promessa tem ecoado até o nosso tempo: “Se alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo” (1Jo 2:1). Sinto que, por causa dessa promessa, deve irromper dos lábios humanos contínuo cântico de ação de graças. Juntemos essas preciosas joias da promessa. Quando Satanás nos acusar por nossa grande pecaminosidade e nos tentar a duvidar do poder de Deus para salvar, repitamos as palavras de Cristo: “O que vem a Mim, de modo nenhum o lançarei fora” (Jo 6:37) (Review and Herald, 19 de novembro de 1908).

Mude o seu presente!


aquarioEnquanto homens e mulheres buscarem o seu senso de importância em qualquer coisa que não em Deus, serão apanhados pela tentação. Certos lugares, pessoas ou coisas terão sempre uma habilidade excessiva de engodá-los ao pecado. Até que mudem a sua definição de significado, e até que transfiram a sua segurança a Alguém que pode dar-lhes segurança real, nunca experimentarão na vida a vitória permanente.
Mudar o seu presente conjunto de valores para o de Deus envolve dois passos. Primeiro, você deve identificar as coisas e pessoas de quem você retira a sua identidade. Chamo esse processo de revisão de sua vida.
O segundo passo para a mudança envolve a renovação de sua mente para a verdade. Para renovar a mente, você deve remover os velhos modos de pensar, substituindo-os pela verdade… A verdade é que toda a sua segurança e o seu significado estão envoltos em seu relacionamento com Deus, por meio de Jesus Cristo. (Extraído da obra Winning the War Within, de Charles Stanley.)

domingo, 29 de dezembro de 2013

MEC diz que criacionismo não é tema para aula de ciências


MEC deveria ter outras preocupações
O Ministério da Educação tomou posição no debate relativo ao ensino do criacionismo nas escolas do país. Para o MEC, o modelo não deve ser apresentado em aulas de ciências, como fazem alguns colégios privados, em geral confessionais (ligados a uma crença religiosa). “A nossa posição é objetiva: criacionismo pode e deve ser discutido nas aulas de religião, como visão teológica, nunca nas aulas de ciências”, afirmou à Folha a secretária da Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar. Apesar do posicionamento, o MEC diz não poder interferir no conteúdo ensinado pelas escolas, pois elas têm autonomia. Conforme informou o colunista da Folha Marcelo Leite no último dia 30, o colégio Mackenzie (presbiteriano) adotou neste ano apostilas que apresentam o criacionismo nas aulas de ciências nos anos iniciais do ensino fundamental. Outras escolas, como as adventistas, por exemplo, praticam opção semelhante.

Os criacionistas dizem que o Universo foi criado por um ser superior, assim como os seres vivos. Para eles, a vida é muito complexa para ter surgido sem intervenção sobrenatural. Essa crença se opõe à teoria da evolução desenvolvida por Charles Darwin, presente nas diretrizes curriculares nacionais, segundo a qual todas as espécies provêm de um ancestral único - e, a partir dele, se diferenciaram, chegando à diversidade atual de seres vivos.

O entendimento do MEC é semelhante ao dos pesquisadores contrários ao criacionismo: o modelo não pode ser considerado teoria científica por não estar baseado em evidências (preceito tido como básico para se definir o que é ciência).

“[O ensino do criacionismo como ciência] é uma posição que consideramos incoerente com o ambiente de uma escola em que se busca o conhecimento científico e se incentiva a pesquisa”, afirmou Pilar.

O presidente da Associação Brasileira de Pesquisa da Criação, Christiano da Silva Neto, tem entendimento diferente. Para ele, como não há consenso sobre qual teoria está correta, “a maneira mais justa e honesta de lidar com a questão é apresentar ambos os modelos nas aulas de ciências, dando-se destaque aos pontos fortes e fracos de cada um”.

O criacionismo é ensinado no Colégio Presbiteriano Mackenzie desde 1870, quando a instituição foi fundada. O conteúdo é abordado no sexto ano do fundamental - para crianças com idade por volta dos 11 anos -, assim como a teoria evolucionista.

Neste ano, no entanto, o colégio passou a adotar um novo material nos três primeiros anos do ensino fundamental. São apostilas com conteúdos didáticos convencionais, onde há a explicação criacionista, mas sem a teoria evolucionista.

Segundo o colégio, nessa idade (por volta dos oito anos) os alunos não estão preparados para aprender o darwinismo. O colégio anunciou que alterará o conteúdo das apostilas, abrandando o caráter religioso, mas manterá o criacionismo.

O Pueri Domus Escolas Associadas, uma rede laica que reúne 160 escolas no Brasil inteiro, algumas com orientação católica ou protestante, também apresenta o criacionismo nas aulas de ciências. O conteúdo é exposto com o evolucionismo no oitavo ano do ensino fundamental das escolas. Para Lilio Alonso Paoliel-lo Júnior, diretor de conteúdo da rede associada, o objetivo é promover o debate. “Negativo seria não deixar que a discussão acontecesse. É uma questão de posição pedagógica. O conteúdo é aceito por pais das escolas laicas e das religiosas”, diz o diretor.

A visão também é defendida por Maria Lúcia Callegari, orientadora do colégio Santa Maria (zona sul de SP). “Quando falamos sobre o surgimento da vida, abordamos o criacionismo e o evolucionismo. Trabalhamos com pluralidade na ciência, para romper a ideia de uma verdade absoluta.” Na escola, o conteúdo é ensinado para os alunos do quinto ano do ensino fundamental e, segundo ela, não há reclamação de pais por causa do conteúdo.


Nota: Criacionismo não deve ser ensinado nas aulas de ciência por ser considerado religião. Ok, mas o que dizer de uma teoria que sustenta que todas as formas de vida passaram a existir a partir de um suposto ancestral comum que teria surgido espontaneamente há bilhões de anos, mesmo sem ter evidência conclusiva a respeito disso? Quando se pergunta pela evidência, o que apresentam? Diversificação de baixo nível, alterações em bicos de aves e mutações em bactérias que continuam a ser bactérias. O MEC ajuda a promover uma teoria filosófica (naturalismo filosófico) como se fosse ciência experimental. Se criacionismo é religião, macroevolução é filosofia, e, portanto, também estaria sendo ensinada na matéria errada.

Criacionismo não é baseado em evidências? E o que dizer das evidências de um dilúvio global? O que dizer das evidências de design inteligente – que os descrentes precisam fechar os olhos para não ver? O que dizer da análise da informação genética que jamais poderia ter surgido e se complexificado com o tempo? O que fazer quando as evidências contrárias aomainstream são simplesmente ignoradas ou reinterpretadas ao bel prazer?

“[O ensino do criacionismo como ciência] é uma posição que consideramos incoerente com o ambiente de uma escola em que se busca o conhecimento científico e se incentiva a pesquisa”, diz a secretária da Educação Básica do Ministério da Educação. Nossa secretária está muito mal informada. Pena que ela desconhece escolas criacionistas como a Universidade Adventista de Loma Linda, na Califórnia, que se caracteriza pela excelência em pesquisa científica. É afirmação muito leviana dizer que o criacionismo não combina com conhecimento científico e pesquisa. Uma pena, para dizer o mínimo...

Fosse tão pernicioso o ensino do criacionismo, escolas como a Mackenzie e a Adventista não seriam conhecidas pelos altos índices de aprovação no vestibular e pela boa qualidade do ensino que oferecem. Em lugar de proibir esse ou aquele conteúdo, o governo deveria se preocupar mais com a qualidade geral do ensino que oferece em suas escolas, cujos alunos todos os anos têm ficado em péssimas posições no ranking de educação mundial (confira). Parece até que o criacionismo está sendo usado como elemento para desviar o foco do verdadeiro problema: salários baixos para os professores, desvio de verbas para a educação, corrupção, etc. [MB]

Por que a maioria dos cientistas aceita a evolução?


Sabe o porquê? Vou lhe explicar, porque sou cientista há muitos anos e conheço bem a questão... A ciência hoje é megafragmentada. Ninguém entende bem toda uma área. Ninguém sabe Química em toda a sua “vastidão”. Ninguém entende bem biologia em sua abrangência toda. E como a evolução é um processo que, para entendê-lo, você precisa saber Química, Bioquímica, Genética, Biologia, e até Matemática, para fazer as contas de probabilidade, e Computação, para entender as estratégias do código, e um pouco mais ainda de quase tudo em ciência, ninguém entende bem a evolução. E aí tem um monte de cientistas com “c” que se acha, e se achando diz que a evolução – que eles conhecem muito bem, obrigado – tá mais “provada” que a gravidade, e como ninguém tem coragem de falar o contrário, pois não tem conhecimento suficiente para perceber as falhas da argumentação, e se percebe não tem coragem de confrontar, pois a tarefa é com certeza tremenda, pois além de requerer muito conhecimento você vai ter que enfrentar toda uma legião de “discípulos”, de “inquisidores seculares”, os “bulldogs de Darwin”, os meus colegas fazem então, infelizmente, coro com a blablação da evolução. Meio sem escolha todos vão no embalo e se juntam ao bloco.

Mas quando alguém que sabe um pouco de Química e Bioquímica, e Genética, e Matemática, como eu sei um pouco, decide se aprofundar ao máximo no assunto, e se dedica com afinco a entender a “coisa horrorosa” em nível molecular, que vai a fundo e investiga o DNA e os diversos códigos da Vida, e decide não aceitar provas a la bico de passarinho, mas estuda o que o fez o bico mudar -genética e bioquimicamente - descobre o quê? Que a evolução é uma farsa científica monstruosa que se perpetua na Ciência e é “aceita” por boa parcela dos cientistas por conta não de suas evidências científicas, mas da ignorância da maioria dos cientistas quanto à própria teoria, e à incapacidade desses cientistas de entender as falácias da evolução, e a confiança então que depositam em seus “colegas”, que lhes afirmam ser a “defunta” verdade absoluta, provada por uma “avalanche de dados”...

Evolução, ópio da ciência, trevas da ignorância, que só sobrevive pela força de um paradigma imenso, mas falido! Pela propaganda dos “bispos de Darwin”. Pela exclusão da concorrência com definições espúrias do que é e não é ciência, pela difamação - e não refutação - de teorias concorrentes.

Meditação do Dia

 bendita esperança

TEMPO DE REFLETIR – 29 de dezembro de 2013
Vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente. Tito 2:12
Somos exortados a viver sóbria, correta e piedosamente no mundo presente, e a esperar o glorioso aparecimento do grande Deus e Salvador Jesus Cristo. Alguns têm feito objeções ao meu trabalho, porque ensino ser nosso dever aguardar o aparecimento pessoal de Cristo nas nuvens do céu. Eles têm dito: “Ao ouvir a Sra. White falar sobre a vinda de Cristo, você poderia pensar que o dia do Senhor está bem perto. Ela vem pregando sobre esse mesmo assunto nos últimos quarenta anos, mas o Senhor ainda não veio.” Essa mesma objeção poderia ter sido feita contra as palavras do próprio Cristo. Ele disse pela boca de Seu amado discípulo: “Certamente, venho sem demora.” E João responde: “Amém. Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22:20).
Jesus falou essas palavras como advertência e encorajamento ao Seu povo, e por que não deveríamos dar-lhes atenção? O Senhor disse que os fiéis é que seriam achados vigiando e esperando por Ele. Foi o mau servo que disse: “Meu senhor demora-se” (Mt 24:48). Em seguida, passou a espancar seus companheiros e a comer e beber com embriagados.
O tempo exato da segunda vinda de Cristo não nos é revelado. Jesus disse: “A respeito daquele dia e hora ninguém sabe” (Mt 24:36). Mas Ele também deixou sinais de Sua vinda, ao dizer: “Quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas” (v. 33). E disse-lhes que quando os sinais da Sua vinda surgissem, eles deviam exultar e erguer a cabeça, porque a redenção deles estaria próxima. Tendo em vista essas coisas, o apóstolo escreveu: “Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse dia como ladrão vos apanhe de surpresa; porquanto vós todos sois filhos da luz e filhos do dia” (1Ts 5:4, 5). Como não sabemos a hora da vinda de Cristo, precisamos viver sóbria e piedosamente no mundo presente, “aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tt 2:13).
Cristo Se deu por nós “para nos remir de toda iniquidade e purificar para Si um povo Seu especial, zeloso de boas obras” (v. 14). Seu povo deve preservar suas características peculiares como representantes dEle. Há trabalho para cada um fazer. [...] Disse o apóstolo: “Nós não somos da noite, nem das trevas. Assim, pois, não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios” (1Ts 5:5, 6) (Signs of the Times, 24 de junho de 1889).

A esperança é muito mais do que qualquer sonho!


paisagem_10Esperança não é o que o que você aguarda; é aquilo com que você jamais sonharia. É um conto alucinante e improvável com um final do tipo “belisque-me para eu ver se não estou sonhando”. É Abraão “ajustando suas lentes bifocais” não para ver o neto, mas o seu filho. É Moisés de pé na Terra prometida, não com Arão e Miriã ao seu lado, mas com Elias e Cristo transfigurado. É Zacarias mudo à vista de sua esposa, Isabel, grisalha e grávida. São os dois peregrinos a caminho de Emaús, estendendo-se para apanhar um pedaço de pão apenas para ver que as mãos que o oferecem estão furadas.
A esperança não é um desejo concedido ou realizado de um favor. Não; é muito mais do que isto. É a dependência feliz e imprevisível de um Deus que ama nos surpreender e estar ali pessoalmente para ver a nossa reação. (Extraído da obra God Came Near, de Max Lucado)

sábado, 28 de dezembro de 2013

Meditação do Dia

Use o que você tem

TEMPO DE REFLETIR – 28 de dezembro de 2013
Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens. Colossenses 3:23
Todo indivíduo, desde o mais humilde e obscuro até o maior e mais exaltado, é um agente moral dotado de aptidões pelas quais é responsável diante Deus. [...]
Façam os comerciantes seus negócios de maneira a glorificar seu Senhor, mediante sua fidelidade. Que liguem sua religião a tudo quanto fizerem e revelem aos seres humanos o Espírito de Cristo. O mecânico seja um fiel e diligente representante dAquele que labutou nas humildes tarefas da vida, nas cidades da Judeia. Todo aquele que toma em seus lábios o nome de Cristo proceda de tal modo que as pessoas, vendo suas boas obras, sejam levadas a glorificar seu Criador e Redentor. [...]
Os que são abençoados com talentos superiores não devem depreciar o valor dos serviços daqueles que são menos dotados do que eles. O menor encargo é um legado de Deus. O talento único, mediante uso diligente, com a bênção de Deus, será duplicado, e os dois, usados no serviço de Cristo, aumentarão para quatro. Assim, o mais humilde instrumento pode crescer em poder e utilidade. [...]
Somos responsáveis apenas pelos talentos que Deus nos concedeu.
O Senhor não reprova os servos que duplicam seus talentos, atuando de acordo com suas habilidades. Os que desse modo provam sua fidelidade podem ser elogiados e recompensados. Mas os que perdem tempo na vinha, que nada fazem ou trabalham negligentemente na obra do Senhor, manifestam por seus atos seu real interesse no trabalho [...]. Manifestam que seu coração não está no serviço para qual eles foram chamados. [...]
Não lamente ninguém não possuir maiores talentos para usar pelo Mestre. [...] Agradeça a Deus as habilidades que tem e ore para que seja capacitado a atender às responsabilidades que têm sido colocadas sobre você. Se deseja ser mais útil, prossiga trabalhando e adquira o que deseja. Trabalhem com firme paciência e façam o melhor possível, independentemente do que outros fizerem. [...] Não sejam vossas palavras ou pensamento: “Quem dera que eu tivesse uma obra maior! Quem dera se eu estivesse nessa ou naquela posição!” Cumpram seu dever onde quer que estejam. Façam, com o dom que lhes é confiado, os melhores investimentos possíveis, exatamente no lugar em que sua obra tenha maior mérito perante Deus (Review and Herald, 26 de outubro de 1911)

Aprendamos do passado


mar_vermelho_Podemos aprender muito sobre uma pessoa olhando o registro de seu passado, observando como ela se relacionava com os demais.
Podemos aprender muito sobre Deus olhando de perto como Ele agiu no passado, e como se relacionava com o Seu povo, os filhos de Israel. O que descobrimos é que Deus é profundamente amoroso. De fato, vez após vezes, quando Israel desobedecia-Lhe os comandos e até começava a adorar ídolos, Deus se demorava em puni-los, trazendo-os de volta tão logo se voltavam de seus pecados.
O fato de Deus ser “tardio em irar-se” não deve encorajar-nos a tenta-Lo. Ao contrário, devemos recordar o Seu amor eterno, e decidir viver para Ele e junto dEle.
Agradeça a Deus pelo que Ele fez no passado, por Israel e por você, e viva na luz de Seu amor gracioso e veemente. (Extraído da obra On Eagle’s Wings, de Dave Veerman.)

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Gráfico sobre as 2300 Tardes e Manhãs


As Três Mensagens Angélicas e sua Relação com a Doutrina da Criação



O ano de 1844 foi um ano importante. Os mileritas experimentaram o Grande Desapontamento, levando a um completo re-estudo das profecias relacionadas ao segundo advento. A crescente compreensão da Bíblia que resultou daquele estudo levou ao estabelecimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Naquele mesmo ano, Charles Darwin completou um resumo de suas referências sobre a evolução através da seleção natural. Ele o chamou de um abstrato, mas era muito mais do que um livreto. Contudo, Darwin não publicou seu “abstrato” naquele ano. Em 1844 também, Robert Chambers publicou anonimamente o livro Vestiges of the Natural History of Creation. Esse livro especula abertamente sobre a possibilidade de uma mudança evolucionária em longos períodos de tempo. Foi dito que este livro causou maior impacto no público do que o livro de Darwin uns 15 anos depois. A reação do público foi tão intensa à obra de Chambers que Darwin segurou seu livro por mais 15 anos.
A ironia aqui é obvia: o nascimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia, com sua ênfase na criação bíblica em seis dias, coincidiu como a apresentação pública do pensamento evolucionário. Isto foi uma coincidência? Creio que não.

Os adventistas do sétimo dia se consideram comissionados a apresentar uma mensagem especial ao mundo, chamada “As Três Mensagens Angélicas” de Apocalipse 14:6-12. Nosso propósito aqui é explorar o significado dessas mensagens e sua relação com a doutrina da criação.

O Primeiro Anjo

O contexto de Apocalipse 14 indica um cenário escatológico, prensado entre a perseguição apresentada nos capítulos 12 e 13 e a “colheita” do final do capítulo 14. Os adventistas compreendem que as três mensagens angélicas de Apocalipse 14 representam o movimento final preparando o mundo para a segunda vinda de Cristo. Os Adventistas do Sétimo Dia esperam desempenhar uma função importante na proclamação dessas mensagens. Consequentemente, precisamos compreender o que elas dizem.
Essas três mensagens estão em sequência, pois entre elas, existem elos subjacentes. Um elo é a doutrina da criação conforme foi registrada por Moisés; outro elo é a justificação pela fé. A igreja não pode alcançar êxito na pregação das três mensagens angélicas sem fé no relato bíblico da criação, que é fundamental para essas mensagens e indispensável para a nossa missão.
O primeiro anjo, (Ap 14:6) é descrito como tendo o “evangelho eterno”. O evangelho é as boas novas da salvação, que é necessário devido à queda do homem. A história da criação forma a base para compreender essa queda: “Assim, pois, todos os que pecaram sem lei também sem lei perecerão; e todos os que com lei pecaram mediante lei serão julgados”(Rm 2:12, cf 1 Tm 2:13-14).
A mensagem do primeiro anjo consiste em duas partes. A primeira parte é (parafraseada):“Temei a Deus e dai-lhe glória, por causa do julgamento.” Essa mensagem foi enfatizada no início da história do adventismo, nas doutrinas do juízo investigativo e executivo. A segunda parte é (novamente parafraseada): “Adorai Aquele que criou.” Na escrita hebraica, a mesma idéia era frequentemente expressa duas vezes, usando diferentes palavras. Este é um modo de enfatizar um ponto. A primeira mensagem angélica pode ser tratada com tal paralelismo:
Temei a Deus e dai-lhe glória, por causa do julgamento,
Adorai a Deus por causa da criação.
Temer a Deus é reverenciá-Lo, e implica a adoração:
“Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor?
Pois só tu és santo;
por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti,
porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos.”
Apocalipse 15:4
O julgamento é um dos atos de justiça de Deus. Para muitos, a ênfase no julgamento não parece ser boas-novas. Porque deveríamos considerar a vinda do julgamento como “boas novas” (evangelho)? E qual é o relacionamento da criação e das boas novas? Vamos considerar estas perguntas ao examinarmos o paralelismo no texto.
“Temer” a Deus significa dar-Lhe reverência, ou adorá-Lo. Esta é a primeira parte do paralelismo. Deus é digno de adoração porque Ele é tanto Criador como Juiz. “Tu és digno, Senhor e Deus nosso,… porque todas as coisas tu criaste….” (Ap 4:11). Ser o Criador demonstra a autoridade de Deus e dá a Ele o direito (responsabilidade?) de julgar.
Qual é o paralelismo entre julgamento e criação? Quem é o Criador? Quem é nosso Juiz? Foi Jesus quem nos criou, e quem estará conosco também no julgamento. As boas novas (evangelho) é que a criação e a redenção estão unidas em Jesus Cristo. Jesus é o nosso Criador (João 1:3) bem como nosso advogado no julgamento (1 João 2:1). Deus tanto nos criou como nos salvou através de Jesus (Cl 1:13-17). Devido a este relacionamento, o julgamento é boas novas para o Cristão.
Apesar de ser muito defendido pela igreja, o aspecto referente à criação nas três mensagens passou a receber a mesma atenção dada ao conceito do julgamento, apenas no início da história da nossa igreja. Havia menos necessidade de enfatizar Deus como Criador porque virtualmente todos os cristãos aceitavam o relato bíblico da criação, o que agora já não é uma realidade.
A história bíblica da criação é que o ser humano foi criado perfeito, à imagem de Deus. Devido à sua própria escolha errônea, caiu em pecado. Deus não poderia simplesmente desculpar seu pecado e permanecer justo, então, o próprio Deus, na pessoa de Jesus Cristo, veio a terra morrer em nosso lugar. Assim, Deus poderia ser justo e justificador de todo aquele que crê (Rm. 3:26). Isto significa que a salvação vem pela graça. (Ef 2:8).
O julgamento da humanidade está intimamente relacionado com a história da criação. Nossa responsabilidade é baseada no fato de que na criação os ser humano era perfeito. Sem a queda da perfeição, não há responsabilidade para com Deus pelo pecado, e necessidade de um Salvador. O julgamento incluirá responsabilidade final pela condição do mundo (Ap 11:18), uma responsabilidade dada na criação (Gn 1:28). Os criacionistas devem ser bons mordomos dos recursos da terra.

O Segundo Anjo

O segundo anjo declara (Ap 14:8) que “Babilônia caiu”. Por que a segunda mensagem vem somente depois da primeira? Poderia ser que a rejeição da primeira mensagem fosse o passo final na queda de Babilônia? Babilônia representa religiões mundiais caídas, inclusive igrejas na Cristandade que caíram para longe de Cristo. A igreja é impura. A fornicação implica que algo está tomando o lugar de Cristo. A Bíblia frequentemente retrata o relacionamento de Cristo e da igreja como um casamento (cf Ap 19:6-8, as bodas do Cordeiro). O esposo (Cristo) é identificado como o Criador em Isaías 54:5. Este texto sugere que a substituição com outro “criador” seria fornicação. Qualquer igreja que fez tal escolha caiu. A mensagem do segundo anjo pode ser considerada como uma resposta à reação do mundo cristão à mensagem do primeiro anjo em relação à criação e ao julgamento.
Na história bíblica da criação, Adão e Eva foram criados perfeitos. Sua queda introduziu pecado e morte ao mundo. Jesus, como Criador e Juiz, ofereceu a Si mesmo como sacrifício substituto por nossa salvação. A salvação, portanto, é puramente uma questão de graça; deste modo, podemos apenas aceitá-la como um dom, ou rejeitá-la.
E quanto às outras histórias da criação? Alguns propuseram que como raça, nós estamos melhorando através da evolução. Não existiu Adão e Eva, nem queda, nem morte substituta. Jesus veio para a terra apenas para nos mostrar como viver. Se formos impressionados por Sua vida, se pudermos imitá-Lo, e se nos esforçarmos o suficiente, poderemos nos qualificar para a salvação. Jesus não tomou nosso lugar com Sua morte, mas nos deu um exemplo de como alcançarmos salvação.
A Bíblia tem más notícias quanto a este tipo de evangelho: não importa quanto você tem se esforçado, não importa quanto a sua vida se assemelha à de Jesus, isto não é importante. O tipo de perfeição, não é bom o suficiente! Não há como ganhar a nossa própria salvação. Não fazemos boas obras para sermos salvos, mas porque já estamos salvos. A Babilônia é baseada na justificação pelas obras. O Céu é um dom somente da graça.

O Terceiro Anjo

A mensagem do terceiro anjo (Ap 14:9-12) é uma advertência: “Não adore a besta e ou receba sua imagem.” Aqueles que desconsiderarem essa advertência enfrentarão julgamento e punição. Note a palavra “adoração”, novamente ligada ao julgamento. Adorar a besta em lugar de Deus é fornicação espiritual. A marca da besta é um sinal de fornicação e queda espiritual. Essa queda vem como resultado da rejeição da mensagem do terceiro anjo: adorar a Deus o Criador, e aceitar Sua oferta de lhe declarar “não culpado” no julgamento. Aparentemente, os que rejeitam a mensagem do primeiro anjo se unirão para“marcar” os que discordam deles. Eles vão até mesmo valer-se de força para prevenir qualquer pessoa de aceitar a mensagem dos três anjos.
Compreendemos que a adoração da besta e a recepção de sua marca envolverão controvérsia com o sábado. A observância do sábado está baseada no relato bíblico da criação em seis dias (Ex 20:11). Guardando o sábado, testemunhamos e evidenciamos nossa aceitação da primeira mensagem angélica: adorar o Criador. Adorando no sábado testemunhamos que aceitamos a Bíblia como autoridade máxima. Adorando no sábado testificamos que aceitamos a salvação somente pela graça, baseada apenas nos méritos do sacrifício substituto de Jesus.
Desacreditando a história da criação seria remover a base para a observância do sábado, e muito mais. Que melhor modo de destruir o sábado, o sétimo dia, do que desacreditando da criação em seis dias, a base de sua observância? E qual é o propósito do julgamento se não existiu a queda no pecado? Sem a doutrina da criação em seis dias, as três mensagens angélicas perdem seu significado.

A Três Mensagens Angélicas: Justificação pela Fé

A mensagem unificada dos três anjos é a justificação pela fé. Justificação vem pela fé na morte substituta de Jesus Cristo. Essa morte é necessária porque Deus, em Sua justiça, não poderia desculpar a queda de nossos primeiros pais, Adão e Eva. A queda de Adão e Eva foi o resultado de sua própria escolha de crer na evidência de seus sentidos em vez de crer na palavra de Deus. O termo “queda” implica um estado previamente melhor. Adão e Eva não foram criados através de algum processo de melhora gradual, mas foram criados em um estado de perfeição impecável. A história da criação é encontrada em Gênesis 1.
Alguns nos incentivam a aceitar outra história da criação, uma que esteja mais de acordo com as idéias de importantes cientistas e teólogos. É impopular aceitar as palavras de um livro antigo, em vez das últimas idéias da ciência. Devemos dizer o seguinte aos que nos incentivam a abandonar a nossa fé na criação de Gênesis, em seis dias: Conta-me a história de Cristo e Sua salvação. Tem a ciência uma história que inclui Jesus e a salvação? Apenas a Bíblia mostra o caminho para a salvação e a base para este caminho.
As três mensagens angélicas revelam Jesus como Criador, Advogado no julgamento, e Redentor. É por isso que o relato da criação de Gênesis é tão importante. Gênesis apresenta o mais detalhado relato da criação do mundo encontrado na Bíblia. A história da criação é a base para a adoração a Deus, a razão de Sua autoridade no julgamento, e a questão controversa por trás da marca da besta. O registro da criação em Gênesis é um tema unificador das três mensagens angélicas.
Em virtude do significado da criação e do dilúvio para as três mensagens angélicas no final dos tempos, é sensato considerar a advertência de Pedro quanto aos escarnecedores nos últimos dias: “Tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação. Porque, deliberadamente, esquecem que, de longo tempo, houve céus bem como terra, a qual surgiu da água e através da água pela palavra de Deus, pela qual veio a perecer o mundo daquele tempo, afogado em água. Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios” (2 Pe 3:3-7).
De acordo com Pedro, os escarnecedores negarão tanto a criação como o dilúvio. Isto está acontecendo agora, não apenas no mundo, mas até mesmo dentro da igreja. As três mensagens angélicas devem ser proclamadas, até mesmo em tal atmosfera de cepticismo. Quando o mundo inteiro for alcançado, virá o fim. E então o Criador novamente exercerá Seu poder na criação, desta vez para restaurar o que foi perdido por causa do pecado. “Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça” (2 Pe 3:13).

Estudo 9 - Em Que Dia Jesus Morreu?


9.1 - Introdução
Embora Mateus, Marcos e Lucas concordem perfeitamente sobre a data judaica da morte de Jesus, posicionando-a no dia 15 do primeiro mês, a maior parte dos teólogos da Cristandade tem defendido outra data, a saber, o dia 14 de Nisan, para o evento da crucifixão. À primeira vista, essa divergência pode parecer de pouca importância; não obstante, ela é capaz de alterar todo o quadro profético. Ocorre que o ano 31 tem dificuldades para comportar uma Sexta-feira 14, mas admite com facilidade uma Sexta-feira 15. Por outro lado, o ano 30 não comporta, de maneira alguma, uma Sexta-feira 15, permitindo, no entanto, uma Sexta-feira 14. Sendo, pois, que a data da morte de Cristo repercute tão decisivamente sobre o cômputo dos períodos proféticos, faz-se necessário aprofundar a investigação no sentido de descobrir que opção (se 14 ou 15 de Nisan) melhor se harmoniza com o conjunto das informações bíblicas.

9.2 - Testemunho dos Sinóticos
A Bíblia afirma que “por boca de duas ou três testemunhas toda questão será decidida” 2 Coríntios 13:1. Ver Deuteronômio 17:619:15Mateus 18:16João 8:171 Timóteo 5:19; e Hebreus 10:28. No que tange ao tempo da morte do Salvador, os registros de Mateus, Marcos e Lucas não deixam margens para dúvidas: Jesus realmente morreu no dia 15 de Nisan.
Ao identificar o dia em que os discípulos interpelaram Jesus acerca do lugar em que celebrariam a ceia pascal, o evangelista Mateus assim se expressa: “No primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, vieram os discípulos a Jesus e Lhe perguntaram: Onde queres que Te façamos os preparativos para comeres a Páscoa?” Mateus 26:17. Esse foi, com certeza, o dia 14 de Nisan, pois era nele que se faziam os preparativos para a celebração da ceia, a qual só ocorria depois do pôr-do-sol, isto é, já nas horas do dia 15 (Êxodo 12:8 e 42; eMateus 26:20). Na manhã seguinte, Jesus foi crucificado, vindo a falecer por volta das 3 horas da tarde (Mateus 26:3047 57; e 27:122631333545 50).
Marcos é ainda mais enfático que Mateus, ao declarar que os discípulos questionaram o Mestre no próprio dia em que o cordeiro pascal era imolado: “E, no primeiro dia da Festa dos Pães Asmos, quando se fazia o sacrifício do cordeiro pascal, disseram-Lhe Seus discípulos: Onde queres que vamos fazer os preparativos para comeres a Páscoa?” Marcos 14:12. O texto é tão claro que exige poucos comentários. Moisés havia prescrito: “Este mês vos será o principal dos meses; será o primeiro mês do ano... Aos dez deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família... e o guardareis até ao décimo-quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o imolará no crepúsculo da tarde.” Êxodo 12:2-6. O cordeiro pascal era sacrificado na tarde do dia 14 de Nisan; portanto, foi nesse dia que os discípulos prepararam a última ceia. Depois do pôr-do-sol, eles se assentaram para comer (Marcos 14:17). Naquela mesma noite, Jesus foi preso no horto de Getsêmani e levado para ser julgado e morto (Marcos 14:3243 53; e 15:115202533 37). Tal seqüência assegura que a morte de Jesus só poderia ter ocorrido no dia 15 de Nisan.
O Evangelho de Lucas também confirma essa idéia: “Chegou o dia da Festa dos Pães Asmos, em que importava comemorar a Páscoa.” Lucas 22:7. A expressão genérica “comemorar a Páscoa”, que aparece na Versão Almeida Revista e Atualizada, é tradução da locução grega  (thuesthai to pascha) e significa literalmente sacrificar a Páscoa. O vocábulo “pascha”, nesse caso, seria uma alusão ao próprio cordeiro pascal. Portanto, os discípulos prepararam a ceia no tempo exato que a Lei Mosaica reservava para esse procedimento, o décimo-quarto dia do primeiro mês. A ceia foi celebrada depois do pôr-do-sol, o que coloca a crucifixão de Cristo no décimo-quinto dia do mesmo mês (Lucas 22:14394754 66; e 23:171124253344 e46).
Vale ressaltar ainda o vigor com que Lucas identifica o dia em que a ceia pascal foi preparada. Segundo ele, os discípulos questionaram o Mestre no dia “em que importava comemorar a Páscoa”. O verbo importava é tradução do vocábulo grego (dei), que significa literalmente obrigatório por força de leiimperativo. Destarte, a atitude dos discípulos foi determinada pelo que estava estipulado na Lei Judaica e não por qualquer outro motivo. Isso coloca um selo de garantia sobre a equação Sexta-feira = 15 de Nisan, para o ano da morte de Jesus.

9.3 - A Tipologia das Festas Judaicas
O testemunho dos Sinóticos referente à data judaica da morte de Jesus é confirmado por uma análise pormenorizada da tipologia das festas de Israel. Embora essas festas tivessem o propósito de relembrar aos judeus fatos memoráveis de seu passado ou aspectos importantes do ciclo agrícola anual, visavam também a um fim profético. O apóstolo Paulo, por exemplo, fala de Cristo como “nosso Cordeiro pascal” (1 Coríntios 5:7) e como“as primícias dos que dormem” (1 Coríntios 15:20), alusões inconfundíveis às festividades da Páscoa e dos Pães Ázimos, no primeiro caso, e à Festa das Primícias, no segundo. Assim, cada festa tinha um significado tipológico especial.
O mais surpreendente é descobrir que os acontecimentos tipificados por essas festividades se cumpriram não somente quanto ao modo de sua celebração, mas também quanto ao tempo. Esse fator é extremamente relevante, pois serve de valioso auxílio para a determinação do dia da morte do Salvador.

9.3.1 - Analisando 1 Coríntios 5:7 e 8
A passagem de 1 Coríntios 5:7 é freqüentemente citada em prol da posição que coloca a morte de Cristo no dia 14 do primeiro mês. Os proponentes dessa interpretação traçam a simples equação: o cordeiro pascal tipificava Cristo; o sacrifício do cordeiro pascal ocorria no dia 14 de Nisan; portanto, Cristo foi crucificado numa Sexta-feira, 14 de Nisan. Ocorre, no entanto, que esse suposto silogismo profético não leva em consideração o contexto da passagem paulina, bem como outros detalhes da tipologia das festas.
O texto bíblico destaca, pelo menos, 2 momentos importantes em relação ao cordeiro pascal: 1) o sacrifício, na tarde do dia 14 (Êxodo 12:5 e 6); e 2) a ceia, na noite que inicia o dia 15 (Êxodo 12:7 e 8). Isso demonstra que a figura do cordeiro pascal, no aludido texto paulino, não precisa estar vinculada, necessariamente, à tarde do dia 14; o paralelismo profético poderia ser com a noite do dia 15. O contexto deve determinar o sentido da referência:
“Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade.” 1 Coríntios 5:7 e 8. Conforme Levítico 23:5 e 6, a Festa dos Pães Ázimos só começava no dia 15: “No mês primeiro, aos catorze do mês, no crepúsculo da tarde, é a Páscoa do SENHOR. E aos quinze dias deste mês é a Festa dos Pães Asmos do SENHOR; sete dias comereis pães asmos.”. Isso revela que Paulo não estava pensando em Cristo como Cordeiro Pascal num contexto de dia 14, quando o sacrifício era realizado, mas num contexto de dia 15, em cuja noite o cordeiro era comido, com pães asmos e ervas amargas.
1 Coríntios 11:23-27 revela, com clareza, o momento em que Cristo assume a posição profética do Cordeiro Pascal: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o Meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de Mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no Meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de Mim.”. Páscoa é para ser comida. Nenhum sentido faria o mero sacrifício do cordeiro se ele não fosse servido numa refeição, como símbolo do concerto de Deus com Seu povo. Jesus é o Cordeiro Pascal enquanto está oferecendo Sua carne e Seu sangue para Seus discípulos. Destarte, a equação que deve ser entendida do texto em comento não é a demorte de Cristo (Sexta-feira) = sacrifício do Cordeiro (tarde do dia 14 de Nisan) e, sim, a de Cristo instituindo a Santa Ceia (noite de Quinta-feira, pelo cálculo civil) = Ceia Pascal(noite do dia 15 de Nisan).
Para o apóstolo Paulo, enquanto Cristo agonizava na Cruz do Calvário, Sua posição não era a de Cordeiro, mas a de Maldito: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se Ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro).” Gálatas 3:13.
Ademais, se a morte de Cristo tivesse que ocorrer na tarde do dia 14 pelo simples fato de ser Ele o antitípico Cordeiro Pascal, por que não teria que ocorrer também, por exemplo, no Dia da Expiação (décimo dia do sétimo mês)? Não era o “bode para o Senhor”igualmente um símbolo de Cristo? E por que estaria a morte de Jesus vinculada apenas ao sacrifício da tarde? Não havia também o sacrifício da manhã? Essas considerações revelam a inexistência de relação tipológica entre o dia em que o cordeiro pascal era sacrificado (14 de Nisan) e o dia da morte de Jesus.
Por outro lado, o 15 de Nisan se encaixa perfeitamente com o quadro tipológico retratado pelas Escrituras. Foi nessa data que a escravidão no Egito chegou ao fim: “Partiram, pois, de Ramessés no décimo-quinto dia do primeiro mês; no dia seguinte ao da páscoa saíram os filhos de Israel corajosamente aos olhos de todos os egípcios”Números 33:3. Essa data pode ser considerada como o dia da libertação. Haveria outra ocasião mais apropriada para a morte do Salvador? Não trouxe Cristo libertação do cativeiro do pecado ao render a Sua vida na Cruz do Cálvário? Sim, e por isso “digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.” “Àquele que nos ama, e, pelo Seu sangue, nos libertou dos nossos pecados... a Ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!” Apocalipse 5:12; e 1:5 e 6.

9.3.2 - Ferindo o Primogênito de Deus
O paralelismo profético existente entre a experiência de Cristo no Getsêmani e a morte dos primogênitos do Egito provê outra forte evidência em favor do dia 15 de Nisan para a data da crucifixão. Após comemorar a Páscoa com os discípulos (Mateus 26:30 e Marcos 14:26), fez Jesus a advertência: “Esta noite, todos vós vos escandalizareis comigo; porque está escrito: Ferirei o Pastor, e as ovelhas do rebanho ficarão dispersas.” Mateus 26:31. O anúncio de Cristo estava baseado na profecia de Zacarias 13:7“Desperta, ó espada, contra o Meu Pastor e contra o Homem que é o Meu companheiro, diz o SENHOR dos Exércitos; fere o Pastor, e as ovelhas ficarão dispersas; mas volverei a mão para os pequeninos.”. EmZacarias 12:10, o “Pastor que é ferido” aparece sob a figura do “Primogênito que é traspassado”“E sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém derramarei o espírito da graça e de súplicas; olharão para Aquele a Quem traspassaram; pranteá-lO-ão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por Ele como se chora amargamente pelo primogênito”. Portanto, “ferir o Pastor” equivale a ferir o Primogênito de Deus.
“Aconteceu que, à meia-noite, feriu o SENHOR todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se assentava no seu trono, até ao primogênito do cativo que estava na enxovia, e todos os primogênitos dos animais.” Êxodo 12:29. A profecia deZacarias 13:7 toma esse acontecimento como um tipo da experiência pela qual Cristo teria que passar: na posição do Primogênito de Deus (Hebreus 1:6), Jesus seria ferido em lugar dos primogênitos deste mundo. É por esse motivo que o profeta Isaías fala dEle como o“ferido de Deus” (Isaías 53:4).
Para melhor entendimento, seria importante atentar para a seqüência indicada pelo profeta: “Fere o Pastor, e as ovelhas ficarão dispersas”. Primeiro, o Pastor seria ferido; depois, as ovelhas ficariam dispersas. Isso não pode ser aplicado ao momento da Cruz, quando os discípulos já se encontravam dispersos e perturbados, e Pedro já havia negado a Seu Mestre. Na verdade, Jesus fora ferido no horto de Getsêmani, quando os pecados de toda  a humanidade foram misteriosamente postos sobre Ele, obstruindo completamente Sua ligação com Deus. Tamanha foi a angústia mental suportada pelo Salvador que “Seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra” (Lucas 22:44). Pouco depois, naquela mesma noite, Jesus foi aprisionado. Foi, “então”, que “os discípulos todos, deixando-O, fugiram.” Mateus 26:56.
Esse paralelismo é deveras importante, pois, se a morte dos primogênitos ocorreu na noite em que os israelitas celebraram a Páscoa – noite do dia 15 de Nisan – a misteriosa experiência de Cristo no Getsêmani também teria que acontecer no mesmo dia e mês, o que constitui um valioso argumento em prol da cronologia dos Sinóticos.

9.3.3 - A Entrada Triunfal
Ensina a tradição cristã que a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém ocorreu no primeiro dia da semana. Uma análise criteriosa dos textos neotestamentários sobre os eventos da última semana de vida do Salvador confirma essa posição. Se, como propõe esta série de estudos, Jesus foi crucificado numa Sexta-feira = 15 de Nisan, a entrada triunfal de Jesus ganha profundo significado antitípico, pois, nesse caso, aquele Domingo teria sido o décimo dia do primeiro mês.
Consoante a Lei Mosaica, “aos dez deste mês, cada um” deveria tomar “para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família”, o qual deveria ser guardado até o dia 14, quando, então, seria sacrificado. Ver Êxodo 12:2-6. O simbolismo é perfeito. Noutras ocasiões, Jesus recusara fazer qualquer aparição pública em Jerusalém; nas vezes em que Se dirigiu até lá, manteve-Se em oculto. Dizia sempre que Seu tempo ainda não havia chegado. Ver, por exemplo, João 7:3-10. Entretanto, “aconteceu que, ao se completarem os dias em que devia Ele ser assunto ao céu, manifestou, no semblante, a intrépida resolução de ir para Jerusalém” (Lucas 9:51). Nessa ocasião, Jesus permitiu que os discípulos O aclamassem como o Enviado de Deus, o que resultou nas vigorosas manifestações de triunfo às portas de Jerusalém. Foi através desse acontecimento que Ele Se colocou à parte como oblação, identificando-Se como o verdadeiro sacrifício da Festividade que, dentro de alguns dias, seria realizada.
Fixar a morte de Cristo no dia 14 do primeiro mês faria daquele Domingo o dia 9 de Nisan, de nenhuma relevância no calendário cerimonial, transtornando, assim, toda a simbologia. 

9.3.4 - A Festa das Primícias
Como já ficou evidente, para cada momento importante de Sua missão, Jesus assumia um papel profético peculiar: na entrada triunfal, Ele era o Cordeiro sendo separado; na refeição pascal, Ele era o Cordeiro sendo comido; um pouco mais tarde, no Olivete, Ele era o Primogênito/Pastor sendo traspassado/ferido; enquanto pendia na Cruz, Ele era oMaldito; e, agora, na manhã da ressurreição, Ele é chamado de as primícias dos que dormem (1 Coríntios 15:20).  
Antes que a colheita pudesse ter início, comemorava-se a Festa das Primícias, quando um pequeno feixe, constituído dos primeiros grãos amadurecidos da seara, era agitado pelo sacerdote perante o altar. Cristo explicou que “o campo é o mundo”, que “a ceifa é a consumação do século, e os ceifeiros são anjos” (Mateus 13:36-43). Nessa perspectiva, a colheita pode ser encarada como o arrebatamento dos fiéis por ocasião do segundo advento de Cristo. Ver também Apocalipse 14:14-16. A Bíblia diz também que “os vossos mortos... viverão e ressuscitarão” (Isaías 26:19); dessa ressurreição geral, a ressurreição de Cristo foi, ao mesmo tempo, um tipo e um penhor. Ensina o apóstolo Paulo: “Cada um, porém, na sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois os que são de Cristo, na Sua vinda.”(1 Coríntios 15:23).
A Lei de Moisés prescrevia que os primeiros frutos deviam ser apresentados no Templo,“no dia imediato ao Sábado” (Levítico 23:12). A despeito de os defensores da equação 14 de Nisan = morte de Jesus alegarem ser esse Sábado o primeiro dia da Festa dos Pães Ázimos, fazendo do Domingo da ressurreição o dia 16 de Nisan, as evidências demonstram ser ele um Sábado semanal. A regra funcionava do seguinte modo: as Primícias eram sempre apresentadas no Domingo da semana dos Pães Ázimos, não importando em que data do mês tal dia caísse (Ver quadro abaixo). Isso concorda perfeitamente com o evento antitípico da ressurreição de Jesus, que, segundo os evangelistas, aconteceu no primeiro dia da semana, dentro do período em que os judeus estavam comemorando a Festa dos Pães Ázimos.

9.4 - “Não Vim para Revogar, Vim para Cumprir”
Diante da clareza do testemunho dos Sinóticos, os defensores do 14 de Nisan precisam forjar uma explicação para a ceia pascal celebrada por Jesus e Seus discípulos na noite de Quinta-feira. Para tanto, alegam que Cristo teria antecipado a celebração da Páscoa, pois já antevia Sua morte na tarde do dia seguinte, quando, segundo os mesmos teólogos, os judeus ainda estariam sacrificando o cordeiro pascal. Assim, ao passo que os judeus celebraram sua Páscoa na noite de Sexta-feira (primeiras horas do Sábado, pelo cálculo bíblico), Cristo e os apóstolos a teriam celebrado cerca de 24 horas antes, na noite de 13 para 14 de Nisan.
Esse, contudo, de modo algum pode ser o caso, pois Cristo mesmo afirmou: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.” Mateus 5:17 e 18. Se houvesse antecipado a celebração da Páscoa, a submissão de Jesus à Lei não poderia ser considerada perfeita em todos os sentidos.
Outrossim, a Bíblia testifica que “todo homem que se deixa circuncidar está obrigado a guardar toda a lei” (Gálatas 5:3). Jesus foi circuncidado (Lucas 2:21); portanto, estava ligado à Lei, tanto a moral quanto a cerimonial. Paulo afirma que Ele havia “nascido sob a lei” (Gálatas 4:4). Durante toda a Sua vida, esteve à altura de todas as reivindicações da Lei (João 8:4615:10; e Hebreus 4:15). Dessa forma, não estava na liberdade de antecipar a comemoração de qualquer festividade prescrita pela Legislação Mosaica. E que Ele não o fez, está claro de Seu próprio testemunho, ao declarar aos discípulos: “Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta páscoa, antes do Meu sofrimento.” Lucas 22:15. Essa passagem situa a ceia pascal antes do sofrimento do Salvador. Uma Sexta-feira, 14 de Nisan, não se harmoniza com essa informação.

9.5 - O Evangelho de João e o 14 de Nisan
Aparentemente, o Evangelho de João destoa dos Sinóticos com respeito à cronologia dos eventos finais da vida de Jesus, deixando a impressão de que a crucifixão realmente teria ocorrido no dia 14 de Nisan. Conforme seu relato, Jesus foi conduzido, na manhã de Sexta-feira,  da casa de Caifás para o pretório; porém os judeus não quiseram entrar no prédio romano “para não se contaminarem, mas poderem comer a Páscoa” (João 18:28). Essa precaução dos judeus seria uma evidência de que a celebração da Páscoa só teria vindo a acontecer após o pôr-do-sol de Sexta-feira, o que se contrapõe ao relato dos Sinódicos, que situam a ceia pascal na noite de Quinta-feira. Além disso, João denomina a Sexta-feira da semana da crucifixão de “preparação pascal” (João 19:14). Como os preparativos para a comemoração da Páscoa eram realizados no dia 14, essa declaração faria daquela Sexta-feira o dia em que o cordeiro devia ser sacrificado. Por fim, o dia em que Jesus permaneceu no sepulcro é chamado de “Sábado grande” (João 19:31). Para muitos comentaristas, isso se explica pelo fato de que, no ano da morte de Jesus, o dia 15 de Nisan (Sábado cerimonial) teria coincidido com um Sábado semanal. A conjugação de 2 sábados de naturezas diferentes teria tornado aquela ocasião especialmente solene.
Sendo que tais informações discordam dos relatos de Mateus, Marcos e Lucas, como interpretar os dados cronológicos do Evangelho de João?

9.6 - Analisando a Cronologia de João
A bem da verdade, a contradição existente entre a cronologia dos Sinóticos e a do Evangelho de João é apenas aparente e pode ser desfeita mediante uma leitura mais atenciosa do texto joanino.
Embora se diga que os judeus não quiseram entrar “no pretório para não se contaminarem, mas poderem comer a Páscoa”, o texto nada diz quanto ao dia exato em que o cordeiro pascal foi imolado. Além disso, essa afirmação não precisa ser interpretada, necessariamente, como uma indicação de que a ceia pascal ainda não tivesse sido realizada. Ocorre que, na época de Jesus, todo o período dos Pães Asmos já era comumente conhecido como a Festa da “Páscoa”. Exemplo desse uso se observa no Evangelho de Lucas: “Estava próxima a Festa dos Pães Asmos, chamada Páscoa.” Lucas 22:1. Os judeus poderiam estar preocupados não com a celebração da ceia pascal, mas com outras refeições cerimoniais que eram realizadas durante aquele período festivo. Outra possibilidade seria a de que os líderes judaicos não teriam celebrado a ceia pascal no tempo determinado pela Lei – que, no caso, teria sido a noite de Quinta-feira – já que estavam empenhados na caçada a Jesus. Por isso, teriam deixado para celebrá-la um dia depois, na noite de 15 para 16 de Nisan. Seja qual for o motivo que determinou o comentário de João, a passagem em análise é insuficiente para destruir a sólida cronologia esboçada em Mateus, Marcos e Lucas.
O mesmo é verdade com respeito a João 19:14, que denomina a Sexta-feira da crucifixão de “preparação da páscoa”. A palavra “preparação” é tradução de  (paraskeue), que no grego bíblico é o termo comumente utilizado para denominar a Sexta-feira como dia de preparação para o Sábado. A base dessa expressão se encontra emÊxodo 16:22-30. Portanto, quando João fala do dia da morte de Jesus como a “parasceve da páscoa”, sua intenção era simplesmente a de retratar aquele dia como uma Sexta-feira dentro da semana dos Pães Ázimos e não como o dia 14 de Nisan.
Resta analisar ainda o sentido da expressão “Sábado grande” (grego:  – megale he hemera ekeinou tou sabbatoutradução: grande o dia daquele Sábado). Afirmar que aquele Sábado foi chamado de “grande” por causa da combinação de um Sábado semanal com um Sábado cerimonial (no caso, o 15 de Nisan) é extrair do texto mais do que ele pode oferecer. A expressão só ocorre uma vez em toda a Bíblia, impedindo, assim, que se verifique seu real significado; e adotar como certa uma posição sem considerar outras possibilidades de interpretação é cometer uma arbitrariedade exegética. Poderia ser o caso, por exemplo, daquele Sábado ser chamado de “grande” por estar inserido na semana da Festa dos Pães Ázimos, sem, contudo, ser uma combinação de um sábado semanal com um Sábado cerimonial. Outra interpretação possível seria a de um Sábado cerimonial (Sexta-feira = 15 de Nisan) seguido por um Sábado semanal. Isso faria com que o período de descanso se prolongasse por 48 horas. No estágio atual, não há como determinar o verdadeiro sentido da expressão joanina.
Diante do que foi exposto, seria um contra-senso substituir a clareza e o vigor da cronologia dos Sinóticos pelas expressões incertas e rarefeitas extraídas do Evangelho de João. Como ficou demonstrado, é possível interpretar as declarações joaninas em mais de um sentido, o que não se admite em Mateus, Marcos e Lucas.

9.7 - Conclusão
O testemunho bíblico coloca o 15 de Nisan para o dia da morte de Jesus acima de qualquer contestação. Visto que o ano 31 A.D. admite a combinação dessa data com uma Sexta-feira, deve ser considerado o ponto “meio da septuagésima semana”, possibilitando a localização do início e do fim das 2.300 tardes e manhãs. Retornando, a partir desse ponto, 69,5 semanas proféticas, ou 486,5 anos, chega-se ao ano de 457 A.C.. Avançando 2.300 anos, desde essa última data, atinge-se o ano de 1.844 A.D.. Isso confirma a veracidade da profecia bíblica e serve como irrefutável testemunho da realidade do plano de salvação. Que Deus seja louvado pela grandiosidade de Sua revelação e que este estudo possa ser um instrumento “para fortalecer a fé do vacilante e dar a certeza do glorioso futuro” a todo aquele que for atraído pelo incomensurável amor do Salvador.